18/4/2014 09:02
Jornalista vê clubes como vítimas da precariedade do sistema da CBF
Comentarista da Rádio CBN acredita que entidade tem culpa por não ter controle das punições, agindo apenas após os erros nas escalações
Entraves judiciais estão ameaçando as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Apesar da Portuguesa ter desistido de sua ação na Justiça Comum e aceitado disputar a segunda divisão, agora é a vez do Icasa tentar uma vaga na primeira divisão da mesma forma.
A alegação é a de que, em maio, o Figueirense escalou o jogador Luan, que estaria suspenso. Os cearenses chegaram a conseguir uma liminar, que foi cassada pela CBF nesta quinta-feira.
Para o jornalista Carlos Eduardo Éboli, da Rádio CBN, os clubes são vítimas da precariedade do sistema de registros e punições.
- Existe uma fragilidade no sistema de registros e de punições. Isso faz com que quase todos os clubes virem vítimas dessa precariedade, porque muitas vezes o clube não age de má fé. Esse erro, se o sistema fosse um pouco mais avançado, de acordo com os nossos tempos, isso poderia ser evitado. Poderia corrigir o erro cometido pelo clube antes que o jogador entrasse em campo - afirmou.
O comentarista ainda disparou que as ações judiciais tiram a credibilidade do Campeonato Brasileiro e que falta à CBF um maior cuidado com sua principal competição.
Isso mexe com a credibilidade da competição e fidelidade do torcedor. Por isso, acho também que a CBF, mesmo concordando que o clube precisa ter um controle, por ser a organizadora do evento, que é o principal dela, tem que se cercar também de todos os mecanismos, preservando a qualidade do espetáculo, e garantir que o resultado de campo prevaleça.
Quanto menos interferência externa, melhor para a CBF. Não dá para ter esse tipo de vacilo nesse tipo de punição. Para o novo presidente, que já está nessa estrutura há algum tempo já que era o vice e também conhecia a engrenagem, não cabe essa surpresa.
Por que não ajudou a itnerferir nisso nos anos todos que vem atuando? Por que os clubes não agem diante da CBF? - argumentou.
Carlos Eduardo Mansur concordou com Éboli e disse acreditar que os casos de Héverton e André Santos, escalados de forma irregular,levando Portuguesa e Flamengo a perder pontos e rebaixou o clube paulista do Campeonato Brasileiro, sirva de lição para a CBF.
- Fica um alerta muito grande do episódio. Quando houve a questão do Héverton e do André Santos, muita gente defendeu que deveria caber também a entidade exibir um controle oficial a cada rodada de quem tem condição de jogo, embora a lei diga claramente que o controle de cartões cabe ao clube, que deve acompanhar as punições aos jogadores.
Mas nem o registro de condição de jogo, que é conferido pela CBF, e cabe legalmente a CBF fazer, ela consegue executar. Mostra o quanto estamos distantes de termos um controle oficial para cartão que seja confiável. É inadmissível esse tipo de erro - concluiu.
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4248 visitas - Fonte: SporTV.com
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