17/4/2014 11:20
Corinthians tem pior superávit desde 2007 e controla gastos.
Clube alvinegro tem pior balanço financeiro desde a queda para a Série B, quando teve déficit de R$ 23,3 milhões; diretor financeiro fala em 2014 de
orinthians teve, em 2013, o pior desempenho financeiro desde a queda para a segunda divisão no Campeonato Brasileiro de 2007. Naquele ano, o clube alvinegro fechou a temporada com um déficit de R$ 23,3 milhões, um dos piores da história recente. Porém, depois de cinco anos com balanços positivos, a equipe paulista fechou 2013 com apenas R$ 1 milhão de superávit.
De acordo com o presidente Mario Gobbi, “foi um ano difícil”. O mandatário alvinegro explicou os motivos do péssimo desempenho nos cofres corintianos e disse que o motivo foi a falta de resultado dentro de campo, o que reflete no balanço financeiro do clube.
“Os resultados ficaram abaixo do registrado nos anos anteriores. Nossa receita total, por exemplo, caiu 12% em 2013, mas acumula elevação de 135% nos últimos seis anos, somando R$ 316 milhões. O cenário de 2013 reflete a perda de mando de vários jogos no Campeonato Brasileiro, os portões fechados em jogo da Copa Libertadores e a queda nos recursos disponíveis para investir no mercado de futebol brasileiro. Além disso, a precoce saída do Timão da Libertadores 2013, combinada com a não classificação para a competição em 2014, também ajudou a não gerar novas receitas”, disse Gobbi, no balanço financeiro.
Apesar da queda brusca no superávit de 2013, Gobbi está otimista quanto a 2014, ano em que o Corinthians irá inaugurar seu estádio em Itaquera, zona leste de São Paulo. O balanço foi publicado como informe publicitário no jornal O Estado de S. Paulo no último domingo.
“Essa situação tem tudo para ser revertida. A começar pela inauguração do nosso estádio, que irá abrigar os jogos do Timão e eventos de entretenimento, além das receitas com bilheteria, merchandising, patrocínio, aluguel de camarotes, venda de produtos licenciados e outras fontes de renda, como o naming rights (direito sobre o nome oficial do estádio)”, lembrou Gobbi.
Em 2007, o Corinthians teve um dos piores anos de sua história, tanto dentro quanto fora de campo. Porém, no ano seguinte a equipe apostou no marketing e na paixão do torcedor pelo clube. Sob o comando do então presidente Andrés Sanchez e do diretor de marketing Luiz Paulo Rosenberg, o clube reverteu a situação e fechou o ano com um superávit de R$ 10,9 milhões.
Em 2009, as receitas continuaram altas, mas com a volta à primeira divisão o Corinthians também voltou a ter grandes gastos, principalmente com salários, como o de Ronaldo, fechando o ano com superávit de R$ 5,9 milhões. Já em 2010, o clube fechou o ano com R$ 3,7 milhões de superávit e acabou com um vice-campeonato brasileiro. O ano seguinte voltou a ser de alta para o time alvinegro. Apesar da eliminação precoce na Libertadores para o Tolima, o time foi campeão brasileiro e encerrou a temporada com R$ 5,3 milhões.
A temporada de 2012, ao seu passo, é inesquecível para os corintianos. A conquista da Copa Libertadores e do Mundial elevou o superávit para R$ 7,5 milhões. Já no ano passado, como explicou Gobbi, o fraco desempenho dentro de campo refletiu nos cofres alvinegros, além da queda de receita e das contratações do atacante Alexandre Pato (R$ 40 milhões) e do meia Renato Augusto (R$ 9 milhões).
Fontes de receita
Na participação das fontes de receita, alguns resultados chamam atenção. Em 2012, o clube obteve 43% de sua receita com cotas de TV, o que corresponde a R$ 153,8 milhões. Já em 2013 o número caiu para 32% ou R$ 102,5 milhões, graças ao mau desempenho do time dentro de campo.
Além disso, para conseguir fechar o ano no azul, o Corinthians precisou vender mais atletas. Enquanto em 2012 a porcentagem nesse segmento foi de 9% (R$ 33,8 milhões), em 2013 a fatia chegou a 22% (R$ 69,1 milhões), lembrando que o meio-campista Paulinho, vendido para o Tottenham da Inglaterra por R$ 58 milhões na época, está dentro dessa parcela. Apesar dos fracos resultados do time, a receita com bilheteria se manteve alta e estacionou nos 10% da receita de 2012 e 2013.
Fora do futebol, outro número que merece destaque no balanço corintiano é a queda nas chamadas “explorações comerciais” no clube social e esportes amadores. Depois de um 2012 com mais de R$ 15 milhões de investimento, o número chegou no ano passado apenas a pouco mais de R$ 5 milhões.
Pés no chão em 2014
Em entrevista ao Terra, o diretor financeiro do Corinthians, Raul Corrêa da Silva, afirmou que 2014 será um ano de conservadorismo financeiro. De acordo com o dirigente, é a única maneira de tentar reverter o quadro.
“É um ano de atenção, conservadorismo, pé do chão. E o previsto é administrar o fluxo de caixa. Tivemos mudanças no futebol, mexidas que a diretoria fez e esse é reflexo”, disse o diretor financeiro.
Corrêa afirmou ainda que, apesar do baixo superávit, a situação do Corinthians não é preocupante, já que, segundo ele, os outros grandes times do Estado estão com alerta ligado.
“Temos que seguir o orçamento. No ano passado fizemos muito investimento em atletas e esse ano está muito mais contido. É um ano diferente. No ano passado, com manifestações, etc, você teve uma mudança no País, e o futebol faz parte do País. Dos quatro grandes de São Paulo somente Corinthians tem patrocínio. É reflexo da situação do Brasil”, completou.
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