Ex-presidente do Corinthians e ex-pré candidato à presidência da CBF, Andrés Sanchez criticou duramente a eleição de Marco Polo del Nero para a presidência da entidade. O mandatário da Federação Paulista de Futebol foi eleito presidente da confederação nesta terça, com 44 dos 47 votos. O ex-dirigente, atualmente responsável pelas obras do estádio do clube paulista, afirmou que o novo comandante do futebol brasileiro é "viciado para o mal" e que sua gestão "será triste".

- Nós fizemos um grupo de oposição. Três meses atrás, esse grupo de sete pessoas - seis federações e um clube, o Corinthians - decidiu que o melhor nome era o (presidente da federação gaúcha, Francisco) Noveletto, que ele não abria mão. Eu sou uma pessoa de grupo e não quis enfrentar para a oposição não sair rachada.

Depois, houve um monte de coisa nesses três meses e, infelizmente, ganhou o Marco Polo. Tenho certeza absoluta de que vai ser muito triste para o futebol brasileiro. O Marco Polo é um cara viciado para o mal e vamos pagar um preço caro.

Perdemos uma oportunidade muito grande de ter uma grande mudança seja para ela que for - afirmou, em entrevista ao "Arena SporTV".

O ex-dirigente disse ainda que se arrepende de não ter feito uma oposição mais forte a Marco Polo del Nero, como o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio.

- Ele fez muito mal para o futebol nesses anos. Uma das coisas de que eu me arrependo foi não enfrentar mais a federação (paulista), como o Juvenal falava para mim. E hoje nós vamos pagar um preço caro. Espero que, pelo menos, ele abra um pouco mais a mente e divida as coisas, delegue.

Para concorrer à presidência da CBF é necessário montar uma chapa com um candidato e mais cinco vice-presidentes. Além disso, é preciso ter o apoio de oito federações estaduais e de mais cinco clubes.

Marco Polo del Nero assumiu a presidência da Federação Paulista de Futebol em 2003. Em 2012, assumiu uma vaga no comitê executivo da Fifa, no lugar de Ricardo Teixeira.

Andrés Sanchez disse que não pensa em uma candidatura ao comando da CBF no momento e afirmou ainda que não pretende voltar a ser presidente do Corinthians.

- Não tenho vontade. Lógico que jamais vou me afastar do Corinthians. O meu ciclo lá foi muito bem feito. Não faço esforço em voltar. Mas não vou dizer que dessa água não beberei mais. Mas a princípio, nos próximos anos, não tenho essa pretensão.