A Odebrecht, empresa que realiza as obras na Arena Corinthians, apresentou, nesta quarta-feira, os resultados de um estudo que encomendou para tentar provar que o solo sob o guindaste não cedeu no acidente do dia 27 de novembro de 2013, que causou a morte de dois operários. De acordo com
laudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o problema não teria sido causado pelo equipamento, mas pelo piso sobre o qual estava o guindaste. A construtora contesta.
De acordo com Roberto Kochen, da Geocompany (empresa contratada pela Odebrecht para realizar os testes do piso), não havia como o guindaste ter tombado por conta da resistência do solo:
- Fizemos diversos testes tendo como base as medidas do guindaste. Em todos eles, eles o solo não cedeu o suficiente para derrubar o guindaste - afirmou Kochen.
Acidente na Arena Corinthians matou dois funcionários, no ano passado (Foto: Infoesporte)
Segundo Marcelo do Lago Luiz, advogado da Odebrecht, a empresa fornecerá o laudo ao Ministério do Trabalho e ao Instituto de Criminalística, responsáveis pela investigação do caso.
- O ideal para descobrirmos a causa seria ter acesso às caixas pretas do guindaste. Mas a Liebherr (fabricante da máquina) as levou para a Alemanha para realizar a análise e nos informou que não havia dados gravados no aparelho - explicou Marcelo.
Apesar de apresentar laudos técnicos, não foram mostradas imagens que comprovassem a tese da Geocompany. As únicas imagens do acidente foram as panorâmicas, já veiculadas pela imprensa. De acordo com diretores da Odebrecht, fotos próximas do guindaste não poderiam ser divulgadas e foram enviadas apenas aos orgãos responsáveis, por motivos de sigilo da investigação.