16/4/2014 08:26
Eleição da CBF terá dois representantes 'escolhidos' pela Justiça.
Marcada para esta quarta-feira, dia 16 de abril, a eleição presidencial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contará com uma situação inédita. Dois dos 27 representantes de federações foram escolhidos pela Justiça. Os presidentes de Minas Gerais e Paraíba foram destituídos do cargo recentemente por causa de irregularidades denunciadas e não fazem mais parte do quadro das entidades.
Nos dois casos, o problema encontrado pelo judiciário tem a ver com o processo eleitoral que deu posse aos dirigentes. A CBF ainda não tomou providências a respeitos das duas filiadas. A Fifa, por exemplo, teria suspendido as duas organizações, pois não aceita intervenção de fora em suas associações.
O mineiro Paulo Schettino, que estava há quase dez anos na presidência, foi afastado na última semana de fevereiro por estar em sua função há mais tempo do que o regulamento previa. Em um assembleia com clubes no final do seu mandato, há dois anos, ele propôs ficar até o fim de 2014, por causa da Copa do Mundo, mas sem realizar um novo pleito.
"Eu achei absurda a decisão da Justiça. O aumento do mandato foi decidido em assembleia, com todos os filiados. Não faz nenhum sentido. Mas essa é uma longa história, tem muita coisa envolvida. Mas estou fora e não vou voltar. Agora vamos esperar as eleições. E na eleição da CBF um dos interventores estará presente", disse Schettino, para o ESPN.com.br.
Enquanto uma nova eleição não acontece, duas pessoas foram nomeadas para assumir de forma interina as funções do ex-presidente: Fernando Lago de Souza, administrador de empresas, e o tesoureiro da federação, Cristiano Aguiar de Pinho. Por ser mais velho, Lago é quem deve representar Minas Gerais na CBF.
O caso da paraibana Rosilene Gomes é mais nebuloso. Há 25 anos no comando da entidade, ela foi afastada por suspeita de irregularidades e descumprimento de regras estatutárias nas eleições de 2010, segundo a decisão judicial. Para ficar no lugar dela, a autora da decisão, a juíza Renata Câmara, formou uma Junta Administrativa, composta por Ariano Wanderley, dirigente do Botafogo-PB; João Máximo Malheiros Feliciano, ligado ao Auto Esporte; e Eduardo Faustino Diniz, classificado como "bacharel em Direito com larga experiência jurídico-administrativa".
Até agora, a CBF não se meteu em nenhuma das duas situações. Como está escrito acima, a Fifa, por exemplo, não aceita intervenção em suas filiadas e suspende as federações que passam por isso. Recentemente, a Federação Camaronesa sofreu por esse motivo.
No estatuto da entidade máxima do futebol brasileiro, o artigo que chega mais perto dessa questão é o décimo quinto, em seus artigos segundo, terceiro, quarto e quinto.
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4437 visitas - Fonte: ESPN.com.br
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