15/4/2014 17:17
Ex-são-paulino representa operários em evento na Arena Corinthians
Carlão esteve à mesa com Andrés Sanchez e Mário Gobbi. Operário chorou ao abraçar o ex-presidente
Carlão recebe homenagem das mãos de Andrés Sanchez (Foto: Mauro Horita )
Existe ex-torcedor? Na Arena Corinthians, é possível encontrar um ex-são-paulino. Funcionário da Odebrecht desde o início da obra do estádio alvinegro, Carlão, como é conhecido Carlos Alberto Petronilho, subiu ao palco para representar a classe operária nesta terça-feira, dia em que a construtora entregou a arena para o clube de maneira simbólica.
Responsável por fazer as anotações de entrada e saídas de produtores da obra e pela contagem das horas trabalhadas pelas máquinas, o apontador falou sobre a mudança em sua vida:
- Sentimento por São Paulo ou por outro time é indiferente para mim. No Corinthians, eu fui pegando um amor por aquilo que estou fazendo, pelo o que eu estou construindo e o mundo todo está vendo. Isso é meu orgulho. É chegar amanhã e falar: 'Filho, eu e muitos companheiros que fizemos isso'. Então é Corinthians - afirmou o funcionário de 52 anos.
Natural de Bauru, mas morador da Zona Leste de São Paulo, Carlão foi um dos mais de 6 mil trabalhadores que a construtora empregou no período de três anos. De acordo com os números divulgados, mais de 20 pessoas foram envolvidas no projeto, levando em conta os funcionários terceirizados.
No período de três anos, foram três falecimentos por conta de acidentes no local. No dia 27 de novembro de 2013, o guindaste que montava a estrutura da cobertura causou grande estrago em parte da arquibancada ao cair e ainda matou os operários Fábio Luiz Pereira, 42 anos, e Ronaldo Oliveira dos Santos, 44. No dia 29 de março deste ano, Fabio Hamilton da Cruz, 23 anos, faleceu após sofrer uma queda enquanto trabalhava na montagem das arquibancadas móveis.
- Eu conhecia todos...O nosso sentimento ficou maior depois disso. Nossa garra cresceu mais ainda porque eles estão de olho na gente - afirmou Carlão, que minutos antes havia chorado no palco ao lado do ex-presidente Andrés Sanchez, ao entregar uma placa da conclusão das obras.
A Odebrecht, porém, ainda pede 15 dias para o término das instalações dos assentos e da montagem do telhado, além de detalhes de acabamento interno. A montagem das arquibancadas móveis, que estão a cargo da Fast Engenharia, também prosseguem.
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