O Corinthians e a construtora Odebrecht ainda aguardam a resposta do Corpo de Bombeiros em relação às últimas adequações ao projeto da Arena do clube paulista enviadas à corporação, há duas semanas. A expectativa era de que a resposta chegasse até sexta-feira, em tempo hábil para a organização do evento planejado para o próximo dia 20: uma inauguração para 20 mil torcedores, com jogos entre ídolos do clube e uma grande festa.

A semana será decisiva para o Corinthians, que só poderá receber a documentação da Pombrefeitura de São Paulo – incluindo o Habite-se, que libera o edifício para utilização do público - quando obtiver o laudo dos Bombeiros. Sem isso, a Arena não pode receber grande quantidade de pessoas.

O projeto enviado à corporação tem soluções para as 26 irregularidades apontadas na versão anterior do documento. A alegação era de que havia falhas que poderiam comprometer a segurança dos torcedores.

- São muitas coisas levadas em conta, é um projeto enorme e corrigimos pequenas coisas que faltavam. Estamos com boa expectativa para a realização de todo o cronograma previsto – afirmou Andrés Sanchez, responsável pelas obras na Arena.

O processo impediu a realização de um primeiro evento neste fim de semana. A ideia de Andrés era receber até cinco mil crianças para um teste operacional no Prédio Leste da Arena – elas iriam testar banheiros, facilidade de locomoção e estrutura nesse setor do estádio. Esse teste pode ocorrer após a inauguração do dia 20, se tudo for devidamente liberado.

Também há dúvida sobre a realização do jogo contra o Flamengo, dia 27. O clube precisa ter documentação completa até quinta-feira, dez dias antes da partida, para enviar à CBF e poder receber o rival na Arena. O Timão também deve mandar lá o confronto com o Figueirense, dia 17 de maio, dias antes da entrega do estádio à Fifa para a disputa da Copa do Mundo.

O único evento confirmado é a entrega simbólica da Odebrecht ao Corinthians, na terça-feira, dia 15. A obra ainda estará incompleta, já que as arquibancadas provisórias continuam sendo construídas. Na visão de Andrés Sanchez, o local terá obras até seis meses depois da Copa do Mundo, mas nenhuma que impeça a realização de jogos e eventos.