9/4/2014 19:16
Renegociação da dívida: deputados pedem vista, e votação será no dia 22.
Novo texto do projeto é debatido na Câmara, mas apreciação é adiada mais uma ve
Romário, Danrlei, Vicente Cândido e Jovair Arantes fazem reunião e decidem adiar votação
A votação do projeto para renegociação das dívidas dos clubes foi adiada mais uma vez pela comissão especial criada para apreciar o texto na Câmara dos Deputados.
Em reunião nesta quarta-feira, os parlamentares discutiram o projeto substitutivo apresentado pelo relator Otávio Leite (PSDB / RJ), mas pediram "vista conjunta" e adiaram a votação por duas sessões. A previsão é de que o projeto seja apreciado pela comissão no dia 22 de abril. Se aprovado, ele seguirá para o plenário da Câmara e em seguida para o Senado Federal.
A votação já havia sido adiada na última terça-feira, quando o relator apresentou o substitutivo que modifica substancialmente o texto inicial do projeto. Antes do início da sessão desta quarta, um grupo de parlamentares mais ativos na comissão, como os ex-jogadores Romário (PSB / RJ) e Danrlei (PSD / RS), o vice-presidente regional da Federação Paulista de Futebol, Vicente Cândido (PT / SP), e o vice-presidente do Atlético-GO, Jovair Arantes (PTB / GO), fizeram uma reunião informal e entenderam que seria necessário mais tempo para os debates. Quando a sessão foi iniciada, vários deputados aderiram ao pedido de "vista conjunta" e a fizeram apenas um debate sobre os itens mais polêmicos do projeto.
- Temos opiniões contrárias, outras favoráveis. E vai ser assim até o fim da votação. É um tema que desperta o interesse de todos os deputados - afirmou o presidente da comissão, deputado Jovair Arantes.
- Acho que talvez não seja possível votar nem no dia 22 de abril, porque ainda há muitos pontos de dúvidas. E se o projeto não sair da comissão com um forte consenso, terá muitas dificuldades na votação no plenário - alertou o deputado Silvio Torres (PSDB / SP).
Um dos pontos de maior discussão nesta quarta-feira foi sobre as instituições que teriam direito de recorrer ao Fundo de Iniciação Esportiva (IniciE), previsto pelo projeto. Alguns deputados defenderam a inclusão de clubes de futebol. Outros, como Romário, queriam limitar apenas a instituições de ensino.
Também houve controvérsia sobre os artigos do texto que aumentam os tributos pagos pela CBF. De acordo com o substitutivo, 10% dos patrocínios da Seleção deveriam ser recolhidos para projetos de iniciação esportiva e também aumentaria a taxa da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) paga pela instituição.
Segundo o deputado Vicente Cândido, esses artigos modificariam a natureza do projeto, por tratarem de tributação, e dificultariam o trâmite no plenário. Já o deputado Rodrigo Maia (DEM / RJ), se posicionou totalmente contra a tributação e disse que medida não resolve outros problemas estruturais da entidade, como o modelo de eleição.
- A forma como é eleito o presidente da CBF é correta? E das outras federações? Vamos fazer o debate correto ou vamos criar cobranças em cima da CBF? Não é porque a CBF está com a imagem desgastada que vou ser a favor de uma coisa que discordo - afirmou Maia.
Também foram feitas sugestões sobre os artigos do projeto que criam a possibilidade de sistemas de aposta pela internet envolvendo o futebol. De acordo com o texto, a Caixa Econômica deveria ser a executora, direta ou indiretamente, dos sistemas. Para o deputado Guilherme Campos (PSD / SP), o projeto deveria destinar parte dos recursos arrecadados com as apostas para o pagamento das dívidas dos times, em modelo semelhante ao da Timemania.
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