Velho conhecido de Elias, com quem trabalhou no próprio Corinthians, na Seleção Brasileira e no Flamengo, Mano Menezes comemorou a contratação do volante. O técnico alvinegro valorizou o esforço da diretoria pela volta do atleta e apontou a proximidade entre as características do reforço e as de Paulinho, que deixou o clube no ano passado depois de ser decisivo em várias conquistas históricas.

“Talvez sejam os dois jogadores com mais semelhança. São rápidos, com bom poder de retomada de bola e um fato extraordinário para a função de volante: chegar e marcar muitos gols, gols importantes. Ele se aproxima muito daquilo que o Paulinho fez e daquilo que ele mesmo fez aqui antes”, afirmou o treinador.

Elias chegou ao Corinthians pela primeira vez em 2008, quando Mano era o técnico. Transformado em volante, tornou-se figura importante no time que conquistou o Campeonato Brasileiro da Série B, o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. Agora, perto dos 29 anos, retorna em outra condição.

“Ele precisa ser mais protagonista do que na primeira passagem. Quando ele chegou aqui antes, tinha atletas à frente dele nessa avaliação. Agora, a situação é diferente”, disse o gaúcho. “Ele significa qualificação dentro daquela filosofia de buscar jogadores com liderança, posicionamento vencedor.”

Para ter essas características à disposição, valerá a pena esperar até 14 de julho, quando será novamente permitida a chegada de jogadores de fora do Brasil. Só depois da Copa do Mundo será registrada a transferência do atleta – por 50% de seus direitos econômicos, o Corinthians pagará 4 milhões de euros (cerca de R$ 12,3 milhões).

“O ideal é utilizar amanhã todos os jogadores desse nível. Não teremos o Elias em nove rodadas do Campeonato Brasileiro, mas teremos em 30 (na verdade, no máximo, 29). A diferença é grande. E o teremos três anos pela frente. Só temos coisas positivas a falar dessa negociação”, comentou Mano.

Por enquanto, o time será armado sem o camisa 7. O comandante alvinegro não quer se adiantar, uma vez que não terá o reforço pelos próximos três meses, mas sabe que sua chegada levará a uma disputa para permanecer entre os titulares após “a provável entrada” de Elias.

“Não podemos achar ruins coisas que são boas. A contratação é ótima. É um campeonato longo, teremos duas competições, não basta ter 11”, disse Mano. “É a parte positiva de se qualificar o grupo. A gente estabelece parâmetros de concorrência maiores. Para ficar com a vaga, o atleta precisa render muito mais. Os jogadores vão trabalhar intensamente para se manter”, apostou.