8/4/2014 11:09
Rejeitados pelos torcedores; veja e comprove
Rejeitados pelo torcedor
O fracasso dos estaduais com as participações dos times grandes é inquestionável.
O desinteresse dos torcedores mostra até para quem não quer ver.
O último Brasileirão teve média de 14.951 pagantes por jogo.
A soma das médias de público dos torneios de São Paulo (5.275), Rio de Janeiro (2.361), Minas Gerais (3.642) e Rio Grande do Sul (1.666), considerados os mais fortes do país, é de 12.944.
Se eu fosse presidente de federação e visse tais números, ficaria, mesmo sozinho na minha luxuosa sala nessas entidades, com as bochechas vermelhas de vergonha.
Gastamos cerca de oitenta ou setenta dias do calendário – o paulistinha e o carioca começaram em 18 de janeiro, o mineiro e o gaúcho uma semana depois – até a rodada de amanhã para isso?
Os times pequenos continuam pobres, a entidade organizadora desses campeonatos ricas, e nenhuma ação prática, direta e construtiva foi tomada para mudar o cenário típico de nações com política esportiva ultrapassada, onde a manutenção de poder e interesses de seus dirigentes superam as necessidades de clubes, atletas e do trabalhador que ama o futebol e gasta dinheiro com ele.
Quando vejo a inércia da cartolagem e parte da opinião pública apoiando essa situação, lamento profundamente.
O Botafogo, conhecido por não ter grande apoio de seus seguidores, obteve média de 2.306 pessoas no estadual, 12.865 no Brasileirão de 2013, e possui de 33.529 na Libertadores.
O fenômeno não é exclusividade do Alvinegro. Repare na diferença da presença da torcida de outras agremiações no campeonato brasileiro e no estadual. A maior é sempre a do primeiro.
Cruzeiro – 28.911 e 10.350; Corinthians – 24.441 e 14.978; Flamengo – 23.385 e 6.784; São Paulo – 23.115 e 9.257; Grêmio – 19.764 e 8.650; Fluminense – 17.637 e 9.654; Vasco – 17.618 e 6.580; Atlético MG – 11.436 e 9.631; Santos – 10.405 e 7.503; Internacional – 7.234 e 4.428.
Complementos
O texto deste post é a reprodução da minha coluna no Lance e por isso não leva em conta as médias de público no final de semana.
A rejeição ao estadual parece mais forte no Rio de Janeiro.
As médias de público dos times grandes indicam isso.
A presença de apenas 20.844 na decisão do campeonato carioca, um Flamengo e Vasco que deveria levar multidões apenas por ser uma partida de grande rivalidade, é outro sinal.
Na final do paulistinha, minutos antes do apito inicial, não havia clima de decisão.
Estou falando daquela ansiedade, tensão e expectativa normais em partidas finais.
O público pagante foi de apenas 27.114, pouco para uma decisão.
E, dessa vez, a culpa disso não foi a violência, pois a partida não era de alto risco.
Antes que apareça alguém dizendo que a falta de rivalidade deixou o clima ameno, informo que fui em decisões entre grandes e pequenos nos tempos dos estaduais fortes, importantes e emocionantes (Inter de Limeira x Palmeiras e São Paulo x São José, apenas para citar algumas) e havia, sim, enorme ansiedade das torcidas dos times da capital não só na hora do jogo como durante a semana.
Mas se o torcedor acha que o título pouco vale e a decisão não tem confronto com rivalidade, realmente ele (ela) fica um pouco desestimulado.
Repare que os torcedores das equipes brasileiras na Libertadores não ficam desinteressados das partidas, inclusive as da fase de grupos e que acontecem contra times pequenos (sem rivalidade) doutros países.
Só não vê quem não quer.
Obviedade
Sei que ainda há pessoas com grande interesse emocional ( da boca para fora não vale) pelos estaduais, pois para tudo há exceções, mas são a minoria cada vez menor.
Eu, por exemplo, falo com muuuuuuuuuita gente diferente sobre futebol e não conheço ninguém que fica tenso antes das partidas desses campeonatos.
Os clássicos despertam interesse maior apenas por causa da rivalidade.
Até os jogadores se esforçam mais neles.
O clima frio das arquibancadas chegou, faz tempo, aos elencos das maiores equipes, em especial se tiverem atletas experientes, rodados e vencedores.
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