Para aceitar ser repassadora do empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Corinthians, a Caixa Econômica Federal fez uma série de exigências ao clube. Por contrato, o banco tem prioridade para comprar os naming rights do estádio caso haja alguma proposta de uma outra instituição financeira.
Apesar de, na teoria, a Caixa trabalhar apenas como um agente do negócio, ela acaba fazendo parte de todo o quadro de administração da arena, pelo menos até o pagamento de todo o custo das obras, que deve passar de R$ 1 bilhão, segundo Andrés Sanchez, chefe da construção e ex-presidente da equipe do Parque São Jorge.
Sendo assim, ela tem o direito de conhecer a empresa pretendente, ouvir a oferta e manifestar em no máximo 15 dias seu interesse pela propriedade, considerada uma das mais importantes receitas da nova casa para o clube, fundamental fonte de recursos para a equação dos débitos. A preferência só é válida, no entanto, se a contraproposta for igual ou superior em relação a já apresentada, dos mesmos conjuntos de direitos.
Caixa tem preferência nos naming rights caso haja uma instituição financeira interessada
Se não tiver interesse, a primeira instituição financeira pode seguir em frente, para efetuar a compra. Tanto ela quanto qualquer outra empresa que tenha de fato a intenção de elaborar um contrato para adiquirir os naming rights terá de submeter à Caixa, para consulta e avaliação, uma análise de crédito realizada, ou pelo fundo de administração do estádio ou pelo Corinthians, para saber a capacidade financeira do interessado.
Mesmo que não seja conflitante, a Caixa tem o direito de ver uma análise de crédito do interessado
Vale lembrar que o o clube paulista demorou a achar um banco que aceitasse intermediar o empréstimo para dar seguimento às obras do estádio. Toda a negociação começou com o Banco do Brasil, que não aceitou as garantias oferecidas pelas partes. A Caixa, então, apareceu para ser a repassadora do financiamento.