Estádio do Pacaembu, ex-casa do Corinthians depois que a Arena ficar pronta
Para aceitar ser repassadora do empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Corinthians, a Caixa Econômica Federal fez uma série de exigências ao clube. No contrato assinado no final de novembro, o banco obriga o alvinegro a fazer 90% dos seus jogos na sua nova casa. O restante ainda depende de autorização.
Segundo o documento, o time tem o compromisso de mandar 90% das partidas na arena em Itaquera, em competições oficiais, pelo menos até a liquidação total do financiamento. De acordo com o texto, os 10% restantes dos jogos, sendo realizados em outro estádios, devem ser previamento comunicados, com os depósitos e repasses de receitas seguindo o combinado estipulado pelas partes. Ou seja: jogar no Pacaembu será raro e, quando acontecer, o lucro irá para o pagamento da dívida do novo estádio.
Como exceção dentro da obrigatoriedade imposta estão as perdas de mandos por causa de punição. O contrato diz que determinações impostas pelas entidades de administração do futebol, como CBF, Federação Paulista de Futebol, Conmebol e Fifa, como aconteceu no ano passado uma série de vezes, tanto na Libertadores como no Brasileirão e Paulistão.
Não há, no entanto, menção ao fato do clube não poder jogar na sua arena por causa de eventos que não sejam o futebol. Assim, se já tiver atingido a cota de 10% de mandos fora da arena, o clube não poderá alugar o estádio para datas em que tiver jogos como mandante.
A questão que fica ainda sem resposta é quando exatamente o Corinthians começará a atuar em sua nova casa. Depois da Copa do Mundo, há ainda algumas obras a serem feitas para deixar o local verdadeiramente pronto para o clube. Segundo o ex-presidente do Corinthians e chefe da arena, Andrés Sanchez, o time vai começar a jogar lá imediatamente depois do Mundial, mesmo que não seja possível ter a lotação completa.
Trecho do contrato assinado entre a Caixa e o Corinthians que limita jogos da equipe fora de Itaquera