Arena Corinthians tem obra embargada por causa de irregularidades
Foto: Reuters

O superintendente da Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SERP), Luiz Antônio de Medeiros, visitou nesta terça-feira a Arena Corinthians, acompanhou uma breve vistoria preliminar e apontou dois problemas com as obras quando o operário Fabio Hamilton da Cruz morreu em acidente no último sábado. Segundo Medeiros, era necessária a utilização de equipamentos de segurança coletivos e os cabos individuais eram inadequados.

Responsável pela instalação das arquibancadas provisórias, a Fast Engenharia alegou que o funcionário estava sem o cabo de segurança quando caiu de uma altura de 8 m. Mas o superintendente disse que é obrigação da construtora oferecer também uma rede de proteção.

“Ninguém está inventando nada. Está na lei”, afirmou Luiz Antônio de Medeiros, citando a suspensão dos obras em dois setores pela Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (antiga Delegacia Regional do Trabalho) na última segunda-feira.

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Fora isso, os cabos seriam inapropriados. Segundo Medeiros, o cabo tem 1,20 m e a área de trabalho é de 2 m. “Ele não chegaria na extremidade. Todos os cabos vão ter que ser trocados para a obra ser desembargada”, afirmou. “As multas serão altas”, disse.

Nesta terça a empresa instalou guarda-corpos no setor, mas segundo o superintendente o procedimento é insuficiente. Uma reunião às 15h (de Brasília) entre a Fast Engenharia e Delegacia Regional do Trabalho vai determinar se a obra continuará embargada.



Luiz Antônio de Medeiros ainda disse que foram verificadas diversas irregularidades nas obras da Arena Corinthians ao longo do tempo que provocaram várias advertências. “Interdição é em ultimo caso. Só quando há risco de ida. Agora ficou provado que há risco de vida”, afirmou.