Pato na queda do Corinthians na Copa do Brasil; atacante custou R$ 40 milhões e foi maior gasto de 2013

O Conselho de Orientação do Corinthians (Cori) aprovou, na última segunda-feira, o balanço do clube em 2013, com receitas R$ 316 milhões de receita. A crise financeira, porém, foi bastante debatida na reunião. Na temporada passada, o futebol alvinegro gastou cerca de R$ 65 milhões em contratações, R$ 45 milhões a mais do que estava previsto no início do ano.

O valor inclui apenas os valores investidos nas aquisições, sem contar gastos com salários e outros encargos. A diferença entre o previsto e o realizado ajuda a explicar o momento do Corinthians, que entrou em 2014 podendo gastar só R$ 10 milhões e já fala em R$ 4 milhões em caixa separados para o mercado da bola.

Em 2013, só Alexandre Pato, Renato Augusto e Gil custaram cerca de R$ 60 milhões. Cleber e Rodriguinho, por sua vez, representaram cerca de R$ 5 milhões a menos. Entre as receitas, o grande 'reforço' nas finanças foi Paulinho, que foi para o Tottenham gerando R$ 26,5 milhões.

Mesmo assim, o clube terminou o ano com superávit, ainda que tenha sido menor que o esperado. O problema é que a receita alvinegra, como um todo, também caiu. Em 2012, o ano excepcional das conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes, o Corinthians arrecadou R$ 358,5 milhões, contra os R$ 316 milhões do ano seguinte.

A conjuntura econômica do país, a queda precoce na Libertadores, a ausência de títulos de peso e a perda de mandos de campo (e de receita, consequentemente) explicam a mudança. Por isso, o mantra do diretor financeiro, Raul Corrêa da Silva, é de que 2014 é um ano de 'contenção'.

O Cori é só a primeira etapa da aprovação do balanço, que na próxima semana deve ser encaminhado ao Conselho Deliberativo para, depois, ser publicado. A aprovação no primeiro órgão foi unânime. Embora as contas não sejam animadoras, não há nenhuma irregularidade que justifique um veto.