Arquibancada provisória está em fase de instalação. Ao todo, estádio terá 68 mil lugares
Membros da Fifa e do COL visitaram na manhã desta quinta-feira a Arena Corinthians, palco de abertura da Copa do Mundo. A inspeção, que é periódica, serviu para tratar de assuntos operacionais do estádio. Foram debatidas muitas áreas:
competição, operações de imprensa, broadcasting, protocolo, comunicação, tecnologia da informação, serviço ao espectador, segurança, serviços médicos, transporte, alimentação, voluntários, hospitalidade e operações de estádio.
O encontro não tratou da obra, mas todos puderam observar o andamento que mais preocupa a Fifa. A Odebrecht, construtora responsável, afirma que 98,8% do estádio está pronto. Porém, esse número pode causar uma impressão errada, principalmente em relação à abertura da Copa do Mundo, marcada para o dia 12 de junho entre Brasil e Croácia.
É que a conta ignora tudo que é responsabilidade da Fifa. A área de imprensa, que ocupa grande parte de um dos setores que, após o Mundial, será destinado ao público, não faz parte desse número, assim como as arquibancadas provisórias que estão sendo instaladas atrás dos gols e vão permitir ao estádio superar a capacidade exigida para se abrir a competição: 68 mil pessoas.
A Odebrecht é responsável apenas pelo que ficará de legado para o Corinthians depois da Copa. Essas arquibancadas estão sendo instaladas por outra empresa, mas, segundo a principal construtora, também há a promessa de entrega em abril. O acidente com um guindaste, que derrubou parte da cobertura em novembro, atrasou o início da construção.
Áreas essenciais no entorno do estádio, como as redações de jornalistas, postos médicos e espaços de convivência de torcedores com as marcas patrocinadoras do evento também estão na conta da Fifa. Ou seja, pode ser que a Arena ainda não esteja pronta para receber a abertura nem mesmo quando a parte da Odebrecht atingir os 100% da obra.
Comitiva da Fifa e do COL faz visita de rotina à Arena Corinthians na manhã desta quinta-feira
Nesta quinta, a construtora explicou que, durante a Copa do Mundo, em razão do acidente em novembro, as estruturas da cobertura que ficarem localizadas atrás dos gols não terão o forro que já se encontra nas demais áreas. Apenas o telhado.
Porém, garantiram que ele é apenas estético e sua ausência não vai impedir, por exemplo, que espectadores tomem chuva.
Andrés Sanchez, responsável pelo estádio, não quis dar entrevista e tampouco participou da reunião dos integrantes da Fifa e do COL com engenheiros e representantes do Comitê Paulista da Copa. Ele ficou numa sala próxima à entrada da Arena Corinthians.
Na próxima segunda-feira, estava prevista uma visita do secretário-geral Jèrôme Valcke, mas ele ficará apenas no Rio de Janeiro, onde vai participar de reuniões. Sua passagem pelo local foi remarcada para o fim de abril. Já a comitiva que fez, provavelmente, sua última reunião na arena paulista, irá na sequência para Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Manaus e Natal. Todos os encontros terão a mesma finalidade.