“Não tem mais chinelinho no São Paulo”. Gerou polêmica a afirmação do técnico Muricy Ramalho pouco depois que Jadson deixou o time na troca com o Corinthians por Alexandre Pato. Na época, o treinador não deu nomes aos “chinelinhos”, os jogadores preguiçosos.
Nesta segunda-feira, durante o programa “Bem, Amigos!”, o técnico explicou que todo o ambiente no clube do Morumbi não era bom e que o jogador, hoje no Parque São Jorge, não tinha culpa.
- Era o time todo. Estava muito esquisito. Não era para o Jadson. O que tinha de falar ao Jadson, eu falei na cara dele. Falei o que ele precisava fazer, tanto que na semana que foi transferido já começou a jogar, porque estava em forma.
A situação é que estava ruim. Os caras não estavam remando. Tive de fazer uma mudança dura. Agora vários deles estão remando. Estávamos naquela situação porque nos metemos lá - disse o técnico.
Em boa fase no Corinthians, Jadson evitou entrar na polêmica e só negou o rótulo. O meia fez elogios a Muricy, mas não encontrou uma explicação sobre quem seriam os “chinelinhos” do time.
Três episódios foram decisivos para Jadson deixar o São Paulo. Em setembro de 2013, Muricy se irritou quando o jogador declarou estar com dores musculares antes da viagem ao Chile, para enfrentar o Universidad Católica, pelas oitavas da Copa Sul-Americana. Exames não detectaram nenhum problema, e o treinador o obrigou a embarcar.
O outro atrito aconteceu na semana que antecedeu a última rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Coritiba, em Itu, momento em que o Tricolor já estava livre do rebaixamento. Sem comunicar o clube, Jadson fez uma cirurgia na boca por causa de um tratamento dentário e não teve condições de ser relacionado.
Por último, na volta aos treinamentos, no dia 6 de janeiro de 2014, Jadson reapareceu acima do peso e sequer foi relacionado para os primeiros jogos do Paulistão. Com isso, perdeu ainda mais espaço e acabou envolvido na troca que levou Alexandre Pato ao Morumbi por empréstimo até o fim de 2015.
Além de Jadson, deixaram o São Paulo os zagueiros Lúcio e Rafael Toloi, os atacantes Welliton, Aloísio e Silvinho, além do lateral-esquerdo Carleto.