14/3/2014 18:43
Poder financeiro e campeonato competitivo tornam o Brasil Oásis na América do Sul
Jogar em um clube grande do futebol brasileiro é melhor do que em europeu de pequeno ou médio porte. É o que pensam os jogadores estrangeiros que estão no Brasil atualmente. A competitividade do Campeonato Brasileiro, somada ao poder financeiro dos clubes, bem maior que o dos vizinhos sul-americanos e no mínimo igual ao de equipes medianas do Velho Mundo, torna o futebol brasileiro uma espécie de oásis na América do Sul.
'Tive propostas de clubes da Europa, como Espanha e Itália, mas a proposta do Brasil eu achei melhor. Não só pela parte econômica, mas também por considerar o Brasil uma potência, é o melhor país da América para jogar', completou o zagueiro uruguaio.
Já para Eguren, compatriota e companheiro de Victorino no Palmeiras, o equilíbrio do Campeonato Brasileiro faz a diferença. A vantagem daqui, segundo ele, é não existem apenas dois ou três equipes disputando o título, diferente do que ocorre nas principais ligas europeias.
'É um campeonato muito exigente, competem os melhores jogadores do mundo e tem clubes importantes que lutam para ser campeão. Se compararmos com outras ligas, tipo a espanhola, só Barcelona e Real Madrid competem. Na Itália, dá Juventus, Inter ou Milan, até que tenha uma surpresa. No Brasil há 12 times brigando por título e isso faz com que o campeonato seja muito mais competitivo e interessante para todos', afirmou o volante palmeirense.
A questão vai além do lado financeiro. Ao contrário de muitos jogadores brasileiros que vão para o exterior para ganhar mais dinheiro em times do Leste europeu ou Oriente Médio, os gringos vêm para cá pelas boas oportunidades de trabalho.
'Tem outros mercados, como China, Catar, Emirados Árabes... Mesmo dentro da Europa, outras ligas têm uma importância econômica, mas minha escolha tem muito a ver com o Palmeiras e um campeonato como o Brasileiro', disse Eguren.
'O futebol brasileiro está muito forte na questão financeira. Isso faz com que jogadores tenham voltado pra o Brasil e assim deram muita qualidade ao futebol', concorda Guiñazu, volante argentino que jogou por seis anos no Internacional e atualmente defende o Vasco.
'Quero mostrar meu talento e voltar à seleção. É o que todo mundo quer, ainda mais com um Mundial no Brasil', afirmou o atacante de 26 anos, emprestado pelo Valencia, da Espanha.
O mesmo vale para o paraguaio Mendieta, do Palmeiras: 'O ano passado mostrou bem. Mesmo jogando na Série B o Palmeiras tinha jogadores de seleção, como Henrique, Eguren e Valdivia', explicou.
Já o uruguaio Álvaro Pereira, parceiro de Pabón na equipe do Morumbi, entende que a relação são-paulina com seu país de origem o motivou a jogar por aqui.
'Todo mundo sabe que eu já estava pensando há muito tempo em escolher o São Paulo. É difícil de explicar. Quando joguei na seleção tive que vir para cá e falei que um dia jogaria no São Paulo. Fora do Uruguai, o São Paulo é o clube mais uruguaio do mundo. Por isso fiz muita força para chegar aqui', afirmou Pereira.
'Acho que o Brasil hoje em dia é um bom lugar para jogar futebol. O futebol brasileiro é cada vez mais bem visto com a chegada de jogadores muito importantes da Europa, e a volta de alguns deles faz com que o futebol brasileiro cresça muito. O nível de vida no Brasil melhorou muito. E isso é muito importante para você crescer como pessoa e como futebolista', analisou.
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