10/3/2014 12:41

São Paulo joga melhor que o Corinthians, vence e ‘salva’ Antonio Carlos: Mano errou ao escolher o substituto de Jadson.

Corinthians 2×3 São Paulo

São Paulo joga melhor que o Corinthians, vence e ‘salva’ Antonio Carlos: Mano errou ao escolher o substituto de Jadson.
Corinthians 2×3 São Paulo

O São Paulo foi melhor que o Corinthians.

Nem os dois erros graves de Antônio Carlos, que normalmente derrubariam qualquer time em clássicos, impediram a vitória dos visitantes no Pacaembu.

O anfitrião mal chutou em gol.

Não mostrou nenhuma inteligência na parte ofensiva e nem conseguiu proteger de maneira competente os laterais Fagner e Uendel,

Muricy, ciente das dificuldades do adversário, armou a equipe para jogar pelo lados.

Mano, que errou ao escolher o substituto de Jadson, posicionou seu trio de volantes para minimizar o problema, mas não foi o bastante.

Osvaldo deu muito trabalho ao Fagner. Ele e Ganso, autor de um golaço, foram os principais destaques do Majestoso.

Os dois gols do São Paulo depois do intervalo tiveram participações ruins de Uendel.

A vitória no clássico aumenta o moral dos jogadores e a confiança da nação são-paulina na equipe.

Só Antonio Carlos, por causa dos gols-contra, terminou o clássico com menos crédito que antes dele.

No Parque São Jorge, a derrota pode ser o começo da crise.

O fracasso na partida de grande rivalidade e a possibilidade de eliminação no irrelevante paulistinha fazem crescer a saudade que boa parte dos milhões de corintianos sente de Tite.

E devem aumentar tanto a quantidade de insatisfeitos quanto a de reclamações.

A opção errada de Mano

Renato Augusto no lugar de Jadson, que só poderia atuar caso o Corinthians pagasse multa de R$5 milhões ao adversário, Luciano como titular e Guerrero na reserva.

Eis as preferências de Mano para o começo do jogo.

Ele realmente não tem, neste momento, ninguém no elenco capaz de substituir o meia titular e manter a dinâmica do sistema ofensivo.

O mais apto a realizar isso seria Danilo, que tem boa visão de jogo, se aproxima dos companheiros para trocar passes, cadencia o ritmo da equipe e toca mais a bola do que tenta conduzi-la, além disso de ser competente na jogada aérea, auxiliar na marcação e iluminado nos clássicos.

Com o veterano, o Corinthians, mesmo perdendo dinâmica na frente, manteria suas características e ganharia tempo de posse de bola

Mas o treinador escolheu Renato Augusto que quase não havia atuado nessa temporada.

Quis surpreender e meteu os pés pelas mãos

Já a preferência pelo momento de Luciano ao invés da experiência de Guerrero é simples de ser compreendida e não pode ser considerada um erro.

Muricy repete e acerta

Muricy Ramalho não precisou mudar o São Paulo.

Contou com os titulares e a equipe que vinha jogando tinha as características ideais para explorar as fragilidades corintianas.

No 4-2-3-1 armado pelo técnico, os rápidos Pabón e Osvaldo atuaram pelos lados da linha de três.

Fagner e Uendel, laterais do Corinthians, são fracos na parte defensiva. Mano terá que ensiná-los a marcar, o que é possível ao longo do tempo.

O treinador do Alvinegro escala os três volantes porque ambos deixam muitos espaços, perdem disputas individuais diante de atacantes que gostam de driblar, como Osvaldo, e alguém necessita ajudá-los, seja fazendo a cobertura ou ‘dobrando’ a marcação no adversário.

O São Paulo explorou os pontos fracos deles.

Grossura

O jogo começo aberto, com ambos os times atacando, e equilibrado.

O Corinthians tinha chegado um pouco mais na frente, mesmo sem levar grande perigo ao gol de Rogério Ceni, quando fez 1×0.

O gol corintiano aconteceu por causa da falha feia de Antonio Carlos.

O zagueiro errou ao tentar interceptar o cruzamento e a bola sobrou para Luciano, que cruzou rasteiro, forte.

Era o lance fácil para o defensor dar um bico nela para longe, mas furou, viu a dita cuja bater no outro pé e, aos 9 minutos, entrar no próprio gol.

Foi uma entortada daquelas do esforçado zagueiro.

São Paulo ataca; Corinthians apenas se defende

Após ficar em vantagem, o Corinthians recuou.

Não sei se isso aconteceu por causa dos atletas ou do treinador, contudo foi um enorme erro.

O sistema defensivo são-paulino ainda não é confiável. Sofre, por exemplo, para marcar os cruzamentos.

Mas Romarinho, posicionado como centroavante e se revezando na função com Luciano, ficou isolado na frente.

O São Paulo aproveitou a situação, ocupou o campo de ataque e mandou no 1° tempo do Majestoso.

Osvaldo conseguiu lances individuais interessantes.

Ganso, com liberdade de se movimentar, ditar o ritmo de jogo e encontrar espaços para criar, se aproximou dele e do lateral Alvaro Pereira que também apoiou na esquerda.

O Corinthians se defendeu de forma razoável e cometeu o inadmissível pecado, para quem decide ficar atrás, de não contra-atacar.

Ganso tirou o coelho da cartola

No melhor momento do sistema defensivo alvinegro, o meia fez aquilo que se espera dos atletas chamados de especiais por causa da capacidade acima da média.

Mesmo sem tanto espaço acertou um chute perfeito, indefensável, aos 38, de fora da área, no ângulo esquerdo.

O gol foi fundamental para tranquilizar e aumentar a confiança do time.

Mudanças

Souza, antes do intervalo, se machucou na dividida com o rival. O lance foi normal. O árbitro corretamente não marcou a falta.

Wellington voltou para o 2° tempo no lugar dele.

Taticamente, o time continuou igual.

Mano, expulso no fim da etapa inicial quando reclamava sem razão da arbitragem, também alterou a equipe.

Tirou Renato Augusto, colocou Guerrero como centroavante e posicionou Romarinho e Luciano abertos.

Os dois últimos tinham que acompanhar os avanços dos laterais do rival e tornar o ataque mais veloz.

Mano de novo desprezou a possibilidade que poderia aumentar a posse de bola ofensiva.

Provavelmente queria, como se diz no futebolês, mais profundidade.

Douglas aproveita

Aos 5 minutos, o criticado lateral aproveitou a fragilidade defensiva do adversário pelos lados do campo e deu um belo drible, talvez o mais bonito desde a chegada à agremiação do Morumbi, em dois marcadores.

Depois lançou Pabón livre, nas costas de Uendel. Ele cruzou para Luis Fabiano, livre, virar o resultado.

Outro presente de Antônio Carlos

O Corinthians saiu de trás depois de o rival ficar em vantagem.

Impôs uma baita correria não muito organizada, começou a frequentar mais o campo de ataque e o confronto ficou aberto.

Mesmo assim, não conseguiu articular nenhuma jogada ofensiva bem trabalhada.

Dependia dos cruzamentos e chutes de fora da área.

O empate aconteceu, aos 14, por causa de duas falhas do São Paulo.

Douglas, sem a menor necessidade, avançou com a bola pelo meio.

Deixou uma enorme avenida na lateral para o contra-ataque do rival, situação nada inteligente para quem está ganhando um clássico fora de casa.

Guerrero, livre no espaço deixado por Douglas, foi acionado no contragolpe e cruzou.

Antonio Carlos tentou afastar a bola e de novo balançou as redes do gol que defende.

Aos 26, Mano trocou Romarinho por Emerson Sheik.

A obviedade e a surpresa

O São Paulo venceu numa jogada feita pelos lados.

Osvaldo cruzou e Rodrigo Caio subiu mais que Uendel para cabecear aos 33 minutos.

A presença do zagueiro na área foi uma surpresa.

Já o fato de a jogada ter acontecido em cima dos laterais corintianos, não.

Não sei se Uendel ficou olhando a bola e não viu o autor do gol correndo para tentar o cabeceio, ou se pulou pouco porque sentia a pressão de ter atuado mal.

Alterações

Depois do 3×2, Danilo substituiu Bruno Henrique.

Osvaldo, cansado, saiu para Ademilson entrar.

Aos 40, Guerrero se machucou correndo sozinho e o Alvinegro, com um a menos, não teve força para esboçar qualquer tipo de reação.

Merecida

A arbitragem não cometeu nenhuma falha grave e nem interferiu no resultado.

O resultado foi justo.

Ficha do jogo

Corinthians – Cássio; Fagner, Cleber, Gil, Uendel; Ralf, Guilherme e Bruno Henrique (Danilo) e Renato Augusto (Guerrero); Luciano e Romarinho (Emerson Sheik)
Técnico: Mano Menezes.

São Paulo – Rogério Ceni: Douglas, Rodrigo Caio, Antônio Carlos e Alvaro Pereira; Souza (Wellington) e Maicon; Pabón, Ganso e Osvaldo (Ademilson): Luis Fabiano
Técnico: Muricy Ramalho.

Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira – Bandeirinhas: Carlos Augusto Nogueira Junior e Anderson Jose de Moraes Coelho

Público: 29.119 pagantes – Renda: R$ 1.003.613,50


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