O presidente Mário Gobbi condenou o processo do Sindicato dos Atletas de São Paulo contra o Corinthians por conta da invasão de torcedores ao CT Joaquim Grava ocorrida no começo de fevereiro. Para o mandatário, a indenização pedida de R$ 6,2 milhões é digna de "mediocridade" - o corintiano lembrou até dos impostos pagos em dia pelo clube.

"O que entendi é que o Sindicato quer que o Corinthians dê segurança para que se trabalhe lá. O clube tem todo um esquema montado. O que ocorreu foi uma avalanche inesperada e imprevisível. Eu vejo tudo isso com tristeza. O erro nosso é achar que o clube tem de cuidar do torcedor. Tirar do ombro do estado? Porque a gente paga tanto imposto? Ainda bem que em dezembro estou saindo fora. A mediocridade é muito grande", atacou Gobbi.

O Sindicato da categoria entrou com um processo por danos morais contra o Corinthians na Justiça do Trabalho por "assédio moral e atentado aos atletas", além de "ambiente de trabalho inseguro". O pedido de indenização é de R$ 200 mil por atleta, ou R$ 6,2 milhões.

Na visão do Sindicato dos Atletas de São Paulo, o Corinthians foi responsável pela falta de proteção aos jogadores por "ter relacionamento passional com suas torcidas organizadas". O clube, contudo, nega. O processo deve se estender na Justiça pelos próximos meses. O circuito de imagens apresentou falhas e captou apenas parte das imagens da invasão.

No episódio, cerca de 200 corintianos de torcidas organizadas invadiram o CT do Parque Ecológico, depredaram parte do patrimônio do clube, quebraram carros de jogadores e furtaram equipamentos e objetos pessoais de funcionários. Os vândalos queriam ainda agredir jogadores como Alexandre Pato e Emerson, mas não conseguiram.