A proposta da SAFiel para transformar o Corinthians em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem gerado discussões intensas e levantado preocupações dentro do clube. O setor de compliance do Corinthians está avaliando os aspectos dessa parceria, identificando questões que exigem esclarecimentos adicionais antes de qualquer avanço. Um dos principais pontos destacados é o fato de a SAFiel ter uma fundação recente, com um capital social de apenas R$ 3 mil, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade de captar os R$ 2,5 bilhões prometidos.
A SAFiel foi registrada sob o nome de Invasão Fiel S/A em julho deste ano, e sua falta de experiência no mercado suscita preocupações. Além disso, a participação de Maurício Chamati, um dos sócios da SAFiel, em um comitê financeiro do clube no passado levanta questões éticas sobre a possibilidade de uso de informações confidenciais para desenvolver a proposta atual. A administração do Corinthians, em resposta a essas preocupações, ressaltou que é sua prática normal investigar potenciais parceiros antes de formalizar qualquer aliança. O financiamento esperado de R$ 1,6 bilhão a R$ 2,5 bilhões seria direcionado para reestruturar as dívidas do clube, o que trava a ansiedade.
A ideia da SAFiel visa não apenas transformar a estrutura do clube, mas também proporcionar uma gestão profissional e separar as operações de futebol do clube social. O projeto propõe um modelo inovador de sociedade anônima do futebol, incentivando a participação dos torcedores, com uma governança independente e rigorosos critérios de compliance. O Corinthians enfrenta uma dívida significativa de aproximadamente R$ 2,7 bilhões.
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