O departamento de compliance do Corinthians elaborou um relatório interno que apresenta alertas à diretoria a respeito do projeto SAFiel, que visa transformar o clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O documento tem como objetivo garantir que quaisquer parcerias respeitem os padrões de governança, transparência e conformidade com as normas legais e internas.
Na análise pormenorizada, o setor de compliance destacou a necessidade de cautela em relação à empresa Safiel, que demonstra interesse em estabelecer negócios com o clube. O parecer identificou fragilidades na estrutura da companhia e recomendou uma investigação mais aprofundada antes de qualquer avanço nas negociações. Entre os fatores que chamaram a atenção estão a recente constituição da empresa e a baixa capacidade financeira declarada por ela. A presença de Maurício Chamati como um dos sócios da SAFiel também foi motivo de preocupação. Chamati foi membro do Comitê Independente de Finanças durante a gestão do ex-presidente Augusto Melo, o que expõe a ligação com a antiga diretoria.
Em resposta a questionamentos sobre o capital social e os objetivos do projeto, a SAFiel enfatizou que foi criada para atrair investidores e estruturar clubes no formato de Sociedade Anônima do Futebol, priorizando a transparência e a governança efetiva. A empresa afirmou que, apesar de sua recente fundação, conta com profissionais experientes nos mercados financeiro e esportivo. A SAFiel esclareceu que o capital inicial de R$ 3 mil é simbólico e não reflete sua capacidade de investimento. O potencial de arrecadação de R$ 2 bilhões, segundo a SAFiel, está relacionado a um plano de investimento escalonado. A SAFiel reafirma seu respeito ao Corinthians e à sua história, disponibilizando-se para esclarecer dúvidas e discutir a proposta com os órgãos diretivos do clube.
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