A crise política que se intensifica no Parque São Jorge vem gerando preocupações sobre o futuro do departamento de futebol do Corinthians. O presidente Osmar Stabile enfrenta pressão crescente de conselheiros influentes que reivindicam a demissão do executivo de futebol, Fabinho Soldado. Contudo, Stabile tem resistido a essas pressões e mantido Fabinho em seu cargo, o que deixa o ambiente incerto e conturbado, especialmente com a aproximação de 2026.
Fabinho Soldado assumiu o cargo em maio de 2024, sucedendo Rubens Gomes, e tem gerido o departamento sem a presença de um diretor estatutário, uma figura tradicional no clube. A ausência dessa posição tem causado desconforto entre alguns membros do Conselho, que percebem um acúmulo excessivo de poder nas mãos de Fabinho. Aqueles que defendem sua saída argumentam que seu salário é elevado e que ele detém autonomia demais nas decisões, além da necessidade de restaurar o cargo de diretor estatutário para equilibrar as forças políticas internas.
Historicamente, o diretor estatutário serviu como um elo entre diferentes grupos políticos, o que minimizava as tensões nas gestões passadas. Com a atual estrutura sem essa figura, muitos conselheiros se sentem excluídos das decisões, levando a um aumento das divisões internas. Além disso, há quem argumente que a permanência de Fabinho se tornou insustentável após o impeachment do ex-presidente, em virtude de sua contratação por Augusto Melo.
No entanto, Stabile optou por manter Fabinho, mesmo diante de mudanças significativas no quadro da equipe, o que o tornou alvo de constantes críticas, especialmente quando o time atravessa fases difíceis no Campeonato Brasileiro. Críticas recentes incluem falhas em contratações e na condução de negociações, como a venda de Kauê Furquim e a falta de reforços antes da proibição de transferências. Apesar disso, Fabinho conta com o apoio do presidente e do dia a dia no CT Joaquim Grava.
O CT Joaquim Grava emerge como um espaço onde Fabinho Soldado se sente seguro e protegido das disputas políticas. O ambiente é restrito a profissionais do futebol, o que cria uma separação clara entre política e o elenco, que vê nele um gestor sólido e confiável. Essa estrutura ajudou a cultivar um ambiente de trabalho positivo e, segundo os jogadores, tem sido essencial para a recuperação do moral da equipe.
O goleiro e capitão Hugo Souza, por exemplo, elogiou publicamente Fabinho após uma vitória significativa, creditando ao executivo a "revolução do ambiente interno" e reconhecendo sua contribuição para a conquista do Paulistão. Essa relação de respeito entre o dirigente e os jogadores, no entanto, não elimina as preocupações sobre a estrutura de custos do elenco e o desempenho inconsistente no campeonato, onde a equipe ainda não conseguiu emplacar duas vitórias consecutivas em 29 rodadas.
Enquanto isso, Osmar Stabile acredita que a estabilidade no departamento de futebol é crítica para evitar novas crises e que a demissão de Fabinho antes do final da temporada poderia gerar ainda mais turbulência. Diante da pressão política e do apoio do vestiário, o destino de Fabinho Soldado parece estar condicionado ao desempenho da equipe até o término da temporada, mantendo-o como uma figura central nas estratégias esportivas do Corinthians.



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