Na última segunda-feira, Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, realizou uma coletiva de imprensa no Parque São Jorge. Durante a apresentação, foi discutido o anteprojeto da reforma do estatuto do clube, que já está disponível no site oficial. Uma das inovações mais significativas propostas no documento é a concessão do direito de voto ao Fiel Torcedor.
O Artigo 21 do anteprojeto apresenta três diferentes redações para a questão do direito a voto. A primeira proposta estipula que o sócio deve estar inscrito e em dia com o programa Fiel Torcedor por quatro anos, além de pagar uma taxa equivalente a 50% do valor da mensalidade do título patrimonial do clube. Romeu esclareceu: "Para o direito de voto ao Fiel Torcedor, temos três propostas de redação, sendo que na primeira opção, o sócio precisa estar adimplente e cadastrado no programa por um período mínimo."
A segunda proposta exige que o sócio do futebol compre um título de R$ 2 mil para garantir o direito ao voto, enquanto a terceira proposta visa excluir o direito de voto do Fiel Torcedor. Romeu ressaltou que a votação dos artigos mais relevantes será realizada em bloco, mas questões que suscitam debate, como o direito a voto, serão submetidas a votação individual.
O presidente do Conselho Deliberativo afirmou que a intenção é que as deliberações mais complexas sejam levadas para a Assembleia Geral, mesmo que isso signifique um "segundo turno" de votação. Segundo ele, "uma decisão que for tomada apenas pelo Conselho pode não parecer legítima."
Além da proposta de inclusão do Fiel Torcedor no processo de votação, o anteprojeto também contempla a possibilidade do Corinthians ser transformado em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), sujeita à aprovação do Conselho Deliberativo e dos sócios em Assembleia Geral. Contudo, o texto veda a aquisição do controle majoritário do clube por investidores externos.
Entre outras mudanças, a reforma prevê a extensão do mandato de dirigentes e conselheiros de três para quatro anos, a possibilidade de eleições em dois turnos, além da responsabilização de dirigentes por má gestão. O anteprojeto ainda precisa ser aprovado em duas votações: a primeira, prevista para novembro pelo Conselho Deliberativo, e a segunda em dezembro, quando os associados decidirão em Assembleia Geral.
Se aprovado, o novo estatuto deve entrar em vigor no início de 2026, embora a inclusão do direito de voto ao Fiel Torcedor fique para as eleições de 2030, com um período de transição estipulado para o pleito de 2026. O texto foi construído a partir de discussões internas e sugestões de movimentos organizados, como a Gaviões da Fiel, que apoiaram a inclusão do direito a voto.
O relatório final sobre o anteprojeto foi apresentado ao presidente do Conselho no dia 10 de outubro, e a expectativa é que a nova reformulação seja aprovada até o final do ano.



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