Recentemente, a defesa do ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, protocolou um pedido ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para esclarecer a distribuição interna do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que investiga o suposto uso irregular de cartão corporativo por ex-dirigentes do clube. A solicitação, acessada pela Gazeta Esportiva, aponta a ausência de documentação que comprove a "livre distribuição" do caso, ou seja, o processo que determina qual promotor de Justiça é responsável pela condução do inquérito.
Atualmente, o caso está sob a responsabilidade do promotor Cássio Roberto Conserino, da 106ª Promotoria de Justiça Criminal da capital, o qual também lidera investigações sobre os gastos indevidos durante a gestão de Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo. A defesa de Sanchez alega não ter encontrado nenhuma certidão que esclareça como a distribuição do PIC ocorreu internamente, solicitando que os autos sejam enviados ao Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo para que esclarecimentos sejam prestados sobre a designação do promotor.
A defesa de Andrés Sanchez já havia solicitado a rejeição da denúncia apresentada pelo Ministério Público, que ainda aguarda uma decisão da Justiça. Se a denúncia for acatada, o ex-presidente do Corinthians se tornará réu. A juíza Márcia Mayumi Okada Oshiro será a responsável por decidir se o caso seguirá adiante, sendo a mesma magistrada que anteriormente aceitou a denúncia contra Augusto Melo e outros ex-dirigentes do clube relacionada ao caso VaideBet.
De acordo com a defesa, a falta de comprovação da designação correta do promotor poderia fornecer argumentos para a juíza não acolher a denúncia. Uma decisão da Justiça é esperada até segunda-feira. Vale ressaltar que, mesmo que o Procurador-Geral não consiga convencer a Justiça sobre os trâmites adequados do caso, a denúncia não será arquivada, mas poderá ser reiniciada, o que implicaria na substituição do promotor responsável.
Enquanto isso, a investigação feita pelos órgãos internos do Corinthians segue seu curso, independente do desfecho judicial. Leonardo Pantaleão, vice do Conselho Deliberativo e presidente da Comissão de Ética do clube, afirmou que a Comissão continuará a apurar e ouvir as partes envolvidas, independentemente da decisão judicial que envolve Andrés Sanchez.
Entenda a seriedade do caso: o Ministério Público de São Paulo denunciou Andrés Sanchez por três crimes: apropriação indébita agravada continuada, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário. O órgão também exige que o ex-presidente reembolse o clube, com correção monetária, pelas despesas com cartões corporativos entre agosto de 2018 e dezembro de 2020, totalizando R$ 480 mil — sendo que a maior parte deste montante é atribuída a gastos feitos por ele e o restante por Roberto Gavioli, ex-gerente financeiro.
Investigações revelaram que Andrés gastou quantias significativas em viagens e compras pessoais, incluindo cerca de R$ 9 mil em uma estadia em Tibau do Sul e mais de R$ 6 mil em Fernando de Noronha em janeiro de 2020. Além disso, também foram identificados gastos superiores a R$ 5 mil na compra de relógios de luxo, apesar de a nota fiscal estar em seu nome, e não diretamente associada ao Corinthians.



BOMBA: Corinthians negocia com Caixa e mira naming rights como solução para dívida bilionária
Fortaleza x Corinthians: onde assistir
BOMBA: Corinthians recebe investidas da Europa por Gui Negão; Bologna faz oferta inicial
Rival desfalcado? Artilheiro do Brasileirão pode estar fora de decisão contra o Corinthians
GOOOOOOOOOOL! DO CORINTHIANS! RANIELE ABRE O PLACAR! 1 A 0 PRO TIMÃO!
DESFALQUE: Matheuzinho é baixa confirmada para o Corinthians na Arena Castelão
Naming rights e refinanciamento: Corinthians busca acordo com a Caixa para quitar a Arena
Corinthians e Criciúma se enfrentam na Copinha feminina; Saiba onde assistir o confronto