A Copa do Brasil 2025 está em sua fase decisiva, com as semifinais entre Cruzeiro e Corinthians chamando a atenção dos torcedores. Em meio a isso, uma reunião recente com a consultoria Ernst & Young (EY) trouxe à tona a preocupante situação financeira do Corinthians, que enfrenta uma dívida bilionária.
De acordo com os relatórios apresentados, a dívida do clube é estimada em R$ 2,2 bilhões, número que deve ter crescido para cerca de R$ 2,7 bilhões atualmente. A consultoria delineou oito áreas em que o Corinthians pode otimizar seus resultados financeiros, sugerindo uma redução de despesas e um aumento na arrecadação, o que poderia melhorar a relação entre a dívida e a geração de caixa de 12 para 7.
Entretanto, o relatório destaca a necessidade de uma reação decisiva por parte da administração, incluindo a possibilidade de recuperação judicial ou extrajudicial. O clube já se encontra em um Regime Centralizado de Execuções (RCE), que abrange mais de R$ 367 milhões em dívidas, com uma parte significativa já em processos de execução judicial.
A situação é tão crítica que, conforme indicam os dados coletados em julho e agosto do ano passado, o Corinthians poderia perder a capacidade de honrar seus compromissos a partir de setembro de 2024, o que resultaria em um banimento de transferências. Esse cenário se concretizou recentemente, com o clube não conseguindo registrar novos jogadores em agosto deste ano, o que trava o planejamento.
Ademais, cinco condenações na Fifa, incluindo uma já confirmada na Corte Arbitral do Esporte (CAS), podem levar a novos bloqueios nas transferências de atletas. A EY também revisou vários contratos do clube e encontrou cláusulas prejudiciais, como no contrato de fornecimento de bebidas e alimentos na Neo Química Arena, que foi renovado em um momento crítico e pode não trazer os retornos esperados. Outro ponto destacado foi o contrato de estacionamento com a empresa Indigo, que se tornou um fardo financeiro para o Corinthians. A gestão do clube já está em busca de alternativas para mudar essa situação, incluindo a rescisão com a Indigo, cujo contrato vai até 2028.
Em uma nota oficial, o Corinthians se manifestou após a apresentação dos relatórios, afirmando que a situação financeira foi confirmada, mas que não há novidades que a diretoria atual já não estivesse ciente. A reestruturação das finanças do clube é, sem dúvida, uma prioridade para a nova gestão.
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