O Ministério Público (MP) apresentou uma denúncia grave contra o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e o gestor financeiro Roberto Gavioli, em relação ao uso inadequado do cartão corporativo do clube. Segundo os dados revelados, há mais de 200 gastos que o promotor Cassio Conserino estima como indevidos, gerando um total de R$ 480.169,60 em prejuízos aos cofres do Corinthians, considerando correção monetária e juros. Esta quantia abrange 31 faturas emitidas entre agosto de 2018 e fevereiro de 2021.
Em nota divulgada por seu advogado, Andrés defendeu-se indicando que sua inocência será demonstrada durante o processo. Por outro lado, Roberto Gavioli ainda não se posicionou publicamente sobre as alegações. A denúncia lista diversas despesas questionáveis, como a compra de dois relógios de luxo, e gastos em duty free, lojas de roupas, farmácias e restaurantes, além de atendimentos hospitalares e exames laboratoriais.
Entre os itens destacados, estão R$ 9.416 gastos em um passeio de barco e hospedagem em um hotel em Tibau do Sul (RN), um local onde Andrés costuma passar o Réveillon. Ele reconheceu que houve uso indevido do cartão e justificou que confundiu com seu cartão pessoal, realizando um ressarcimento de R$ 15 mil ao clube. Adicionalmente, a denúncia revela um gasto de R$ 6.980,40 em um restaurante em Fernando de Noronha, onde não havia compromissos do Corinthians.
Conforme as informações apresentadas na denúncia, apenas essas duas despesas somam R$ 33.793,82, ressaltando que "Andrés restituiu menos da metade do que admite que deve". A declaração do promotor menciona que a utilização do cartão corporativo também financiou a compra de relógios no total de R$ 5.302, além de despesas com serviços hospitalares que não foram documentadas corretamente.
Os crimes imputados a Andrés incluem apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário, enquanto Gavioli enfrenta as acusações de apropriação indébita e lavagem de dinheiro. O promotor requereu que ambos tivessem que ressarcir os R$ 480 mil ao Corinthians, acrescentando 75% desse montante como reparação por danos morais.
Agora, a decisão sobre a aceitação da denúncia caberá à juíza da 2ª Vara de Crimes Organizados, Lavagem de Dinheiro e Crimes Tributários em São Paulo. Caso a denúncia seja admitida, os acusados se tornarão réus, dando início a um processo penal.
Por fim, o promotor destacou que a prática de Andrés, ao apropriar-se de valores da entidade desportiva, e a omissão de Gavioli no controle fiscal, contribuíram para encobrir a ilicitude das despesas. A defesa de Andrés alega ter sido pega de surpresa pela denúncia e reafirma que a inocência do ex-presidente será provada no decorrer do processo judicial.



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