A Polícia Civil de São Paulo intimou na quarta-feira Augusto Melo, presidente do Corinthians , Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo do clube, e Sérgio Moura, antigo superintendente de marketing para prestarem depoimento sob condição de investigados no caso VaideBet. Marcelinho, como é conhecido, será o primeiro a conversar com as autoridades em 14 de abril. Moura irá depor no dia seguinte, enquanto Augusto Melo fechará as oitivas no dia 16. O caso está sob cuidados do Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC) e da terceira delegacia, responsável por casos de lavagem de dinheiro, com apoio do Gaeco (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) . O delegado encarregado é Tiago Fernando Correia. Mais de 20 pessoas foram ouvidas desde o ano passado. Até o momento, os depoimentos eram apenas de testemunhas sobre a suspeita de irregularidade no patrocínio assinado pelo Corinthians em 2024, com exceção a Alex Cassundé , o intermediário do contrato com a VaideBet.
A notícia sobre os depoimentos dos três na condição de investigado foi publicada pela “Gazeta Esportiva” e confirmada pelo ge . Nos últimos dias, as autoridades ouviram outros membros da diretoria alvinegra, como o primeiro vice-presidente Osmar Stábile e Luiz Ricardo Alves, o Seedorf, então diretor adjunto do departamento financeiro corintiano. A reportagem procurou o clube para repercutir a data do depoimento, mas o caso é tratado com naturalidade. Augusto Melo irá depor e esclarecer as dúvidas das autoridades. Entenda o caso A Polícia investiga desde maio do ano passado o repasse de valores da comissão do patrocínio da VaideBet ao Corinthians a uma empresa fantasma.
O inquérito foi aberto após denúncia feita pelo "Blog do Juca Kfouri" de que a Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato, supostamente repassou R$ 900 mil à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Esta empresa está no nome Edna Oliveira dos Santos, que nem sequer saberia da existência da mesma. A Polícia já identificou relação da Neoway com outras empresas fantasmas. As suspeitas relacionadas ao caso levaram a VaideBet a romper o contrato com Corinthians pelo que considerou danos a sua imagem. A rescisão foi realizada em 7 de junho. O acordo, assinado em janeiro, tinha validade até o fim de 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões no total.