Era o reencontro da Fiel torcida com o Corinthians . No primeiro jogo na Neo Química Arena depois da conquista do Paulistão, problemas crônicos da equipe reapareceram, o técnico Ramón Díaz fez apostas ruins e a faixa de campeão do estadual foi "carimbada" pelo Huracán. Na Copa Sul-Americana, a equipe alvinegra voltou a sofrer pelo alto. Em duas jogadas assim, os argentinos se sobressaíram para fazer 2 a 1 e frustrarem a estreia corintiana na competição continental, uma consolação como consequência da eliminação precoce na Libertadores. Muito da vantagem argentina se deu também por escolhas erradas do técnico Ramón Díaz.
O caso mais emblemático esteve em Giovane. Com contrato perto do fim e apenas um jogo na temporada, o atacante entrou no intervalo como principal aposta para mudar o panorama ao lado Talles Magno. Porém, sem ritmo e mal tecnicamente, o camisa 17 pouco colaborou. A soma dos erros de escolha, da comissão técnica e dos próprios jogadores – Talles Magno viveu péssima noite, por exemplo – resultou em uma frustrante noite em Itaquera. Foi a primeira derrota em casa desde agosto do ano passado, derrubando uma invencibilidade de 23 partidas (o último tropeço antes desse tinha sido contra o Bragantino).
O problema crônico defensivo, alvo de críticas desde o início da temporada, reapareceu. Se diante do Palmeiras, na final do Paulistão, o trabalho se aproximou do impecável nas bolas pelo alto, contra o Huracán duas falhas comprometeram toda a partida. A começar com os escanteios defensivos. Aos cinco minutos, a bola cruzada na primeira trave encontrou Sequeira, que em nenhum momento foi incomodado na movimentação e subiu sozinho para abrir o placar. Matheus Bidu, Yuri Alberto e Romero só observaram.
A derrota parcial antes do intervalo fez Ramón Díaz agir. Breno Bidon, Talles Magno e Giovane começaram o trabalho de aquecimento quando o elenco ainda se concentrava nos vestiários. Era natural a aposta nos dois primeiros. Giovane, pouco utilizado no ano e próximo de deixar o clube, entrou ao lado de Talles Magno no retorno do intervalo. O objetivo era claro: ampliar o jogo pela ponta direita com as características do jovem jogador. Giovane, porém, sofreu com a falta de ritmo de quem atuou somente uma vez em 2025. Tomadas de decisões erradas e erros técnicos tiveram o efeito contrário. O Corinthians piorou.