Em jogo duro de assistir e com muita disputa por espaços, o Timão tornou-se campeão paulista ao empatar 0x0 com o Palmeiras na Neo Química Arena. A manutenção do resultado do jogo de ida e a melhor campanha da primeira fase, definem: o título do Corinthians foi justo. E vale lembrar que o Palmeiras passou para a final com um pênalti mal marcado contra o São Paulo na semifinal. Mesmo assim, o Verdão tentou o resultado, tendo 60% da posse de bola e finalizando 10 vezes. Mas aí reside um detalhe importante: apenas uma finalização certa, além do pênalti de Raphael Veiga defendido por Hugo Souza.
Se a gente comparar o Palmeiras de 2024 e o de 2025 com os dos anos anteriores, há um decréscimo de qualidade individual e coletiva do time. Este Palmeiras de 2025 então, dois destaques confirmam isso: este time tem muita dificuldade de fazer encaixes na pressão defensiva, o que já mostra um time menos competitivo do que os anteriores. Memphis comemora seu primeiro título no Brasil. E o outro ponto é a falta de repertório ofensivo associada a uma intensidade menor que Abel Ferreira nos manteve acostumados.

Não digo que o Palmeiras não irá disputar títulos este ano, mas desde que o português assumiu o time, talvez seja o seu coletivo menos lustroso e, aparentemente, mais “vencível”. A eliminação da Libertadores entregou a Ramón Díaz uma pressão que precisava ser respondida em campo. E foi.
Este Corinthians tem três craques: Memphis, Garro e Hugo Souza. E um elenco muito dedicado e que encontrou uma identidade no seu modelo de jogo, alinhando um sentimento de pertinência com a fiel torcida. Ou seja, deu match entre treinador, elenco e torcedores.
Neste segundo jogo das finais, o Corinthians foi um time chato, mantendo controle sobre o tempo do jogo e não entregando os espaços ao Palmeiras sem muita luta e vigor físico. Muitas vezes, um time campeão não se faz apenas do futebol com a bola. Saber ser competente com o regulamento debaixo do braço também vale a mesma coisa. Com certeza, o título do Corinthians foi justo.