Além de ter ajudado a livrar o Corinthians do rebaixamento no Brasileirão de 2024, Ramón Díaz tem em seu currículo uma outra marca nessa passagem pelo Timão: sob seu comando, o time conseguiu inibir um "fantasma" chamado Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, adversário na final do Paulistão, às 21h35 desta quinta-feira, na Neo Química Arena.
Desde 2020, quando assumiu o rival, o português se tornou um adversário indigesto. A partir da estreia em Dérbis, com uma contundente vitória por 4 a 0 do Palmeiras em 2021, pelo Brasileirão de 2020, Abel Ferreira somou sete vitórias, cinco empates e apenas uma derrota antes de encarar Ramón Díaz. O único revés nesse período ocorreu no Brasileirão de 2021, com a vitória por 2 a 1 do Timão, em Itaquera, com dois gols de Róger Guedes. Sylvinho era o técnico.
Nesse período, Abel Ferreira enfrentou seis treinadores diferentes (Vagner Mancini, Sylvinho, Vítor Pereira, Fernando Lázaro, Vanderlei Luxemburgo e António Oliveira), além do interino Danilo, antes de encarar Ramón Díaz. Somente Cuca e Mano Menezes não encararam o português. Contra os antecessores do argentino, o português do Palmeiras chegou a ficar oito Dérbis invicto.
Com Ramón no banco de reservas, o Timão soma duas vitórias e um empate nos três clássicos contra o Verdão. Nesse recorte, apenas um gol sofrido, justamente do duelo que terminou 1 a 1 no Allianz Parque, na primeira fase do Paulistão deste ano.
A primeira vitória do argentino sobre o rival europeu ocorreu na Neo Química Arena. Pressionado na luta contra o rebaixamento, o Timão bateu o rival, que brigava pelo título, por 2 a 0, com gols de Rodrigo Garro e Yuri Alberto, e se impulsionou no Brasileirão para terminar em alta a temporada.
O segundo resultado positivo ocorreu na primeira decisão do Paulistão. O gol de Yuri Alberto assegurou o 1 a 0 no Allianz Parque e faz o Corinthians jogar pelo empate diante do torcedor em Itaquera para sair com o título. Em caso de resultado positivo e título, o torcedor ainda terá a confirmação que a atual comissão técnica, enfim, conseguiu reverter a assombração nascida nos clássicos desde a chegada de Abel Ferreira ao Verdão. São 90 minutos para a mudança definitiva do panorama nos tempos recentes de Dérbi.