Na noite desta quarta-feira, o Corinthians decide sua vida na Conmebol Libertadores. O Timão recebe o Universidad Central (VEN) no jogo de volta da segunda fase, às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena. O Corinthians entra em campo com a necessidade de vencer a UCV para garantir a classificação à terceira fase. No duelo de ida, a equipe alvinegra abriu o placar no primeiro tempo, mas cedeu o empate ao rival venezuelano perto do fim do jogo. Assim, os comandados de Ramón Díaz deixaram a Venezuela com um gosto amargo. Mas mesmo com o empate sofrível na ida, o Corinthians segue como amplo favorito à vaga na terceira fase. E para buscar a classificação, o time terá três fortes fatores ao seu lado: titulares descansados, um tabu histórico e a pulsante Fiel Torcida.
Ramón Díaz e a comissão técnica do Corinthians escalaram um 11 inicial praticamente reserva no último domingo. Alguns jogadores - como Memphis, Yuri Alberto e Rodrigo Garro - entraram aos 15 minutos do segundo tempo, mas no contexto geral, a maioria dos titulares não foi acionada. É fato que o Timão também jogou com seus principais titulares na Venezuela e saiu apenas com um empate. Contudo, já sabendo das fragilidades do rival e precisando do resultado, a comissão alvinegra pode optar por mandar a campo um time mais ofensivo - Talles Magno e Romero, por exemplo, podem atuar ao lado de Memphis e Yuri.
"Os jogadores e a comissão técnica, inclusive, estão cientes da necessidade de uma postura diferente no jogo desta quarta-feira. "Nós estamos envergonhados com o que aconteceu. Sabemos disso como grupo. Falamos entre nós que não podemos nos permitir a jogar assim. Podemos jogar mal taticamente, a bola pode não entrar, mas do jeito que foi, não se permite. O grupo está chateado, tivemos uma cobrança interna muito forte. [...] Na quarta-feira, aqui dentro tem que ser um inferno. E o grupo vai responder. Eles sabem o que está em jogo, que é vida ou morte", declarou o auxiliar Emiliano Martínez na coletiva do último domingo.
Manhã de visita internacional no CT Dr. Joaquim Grava! ??
Ronald Koeman, técnico da seleção dos Países Baixos, e Nigel de Jong, diretor técnico, conheceram o CT Dr. Joaquim Grava e acompanharam de perto a estrutura do nosso centro e treinamento. ?????
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— Corinthians (@Corinthians) February 24, 2025
Além disso, o Corinthians também defende o tabu de nunca ter perdido para times da Venezuela em seus 114 anos de história. Ao todo, foram 11 jogos, com nove vitórias e dois empates. O retrospecto vitorioso inclui duelos contra a seleção de Caracas e clubes como Minervén, Deportivo Táchira, Deportivo Lara e Universidad Central.
Por fim, outro fator importantíssimo e que pode ser decisivo para o Corinthians é o fator casa. A equipe do Parque São Jorge tem recebido apoio total da Fiel Torcida, que sempre lota a Neo Química Arena e não para de cantar durante os 90 minutos. O Corinthians não sabe o que é jogar para menos de 40 mil torcedores há 24 jogos. A última vez que o Timão registrou um público abaixo deste número na Arena foi em julho de 2024, no triunfo de 3 a 2 sobre o Vitória, pelo Campeonato Brasileiro, com 37.689 torcedores. O time alvinegro, inclusive, bateu o recorde da Neo Química Arena nesta temporada. No clássico contra o Santos de Neymar, 47.695 torcedores estiveram no estádio para acompanhar a vitória do Corinthians por 2 a 1, com dois gols de Yuri Alberto.