Recentemente, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, se viu envolvido em um imbróglio relacionado a um acordo de patrocínio com a empresa Vai de Bet. O delegado Tiago Correia, responsável pelo caso, afirmou que as empresas de fachada envolvidas no acordo estão ligadas ao PCC, uma organização criminosa. Essa revelação veio à tona um dia antes da votação de impeachment de Augusto Melo, o que colocou o presidente no centro de uma controvérsia.
No ano passado, o Corinthians realizou dois depósitos de R$ 700 mil cada para empresas de Alex Cassundé, que foi selecionado para intermediar o patrocínio da Vai de Bet com o clube. No entanto, a polícia descobriu que a maior parte desse dinheiro passou por contas bancárias de empresas de fachada, registradas em nome de "laranjas". Isso levantou suspeitas e gerou questionamentos sobre a transparência do acordo.
Em entrevista ao UOL, a sócia de uma dessas empresas laranja, Edna Oliveira dos Santos, relatou viver de favor em uma comunidade e depender do Bolsa Família para sustentar seus três filhos pequenos. Segundo o delegado Tiago Correia, todas as empresas ligadas a pessoas do litoral de Peruíbe estão conectadas à organização criminosa PCC, acrescentando ainda mais complexidade ao caso.
Quando questionado sobre o assunto, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirmou que inicialmente foi informado pelo diretor administrativo do clube sobre a proposta envolvendo a Vai de Bet. Ele também mencionou que a parte intermediadora do negócio seria a de Cassundé, porém negou qualquer ligação com ele. Em uma nota à TV Globo, o diretor administrativo Marcelo Mariano ressaltou a lisura do procedimento que culminou no contrato de patrocínio, enfatizando que o acordo foi assinado sem questionamentos por todas as partes envolvidas.