Marcelo Mariano entregou nesta quinta-feira o cargo de diretor administrativo do Corinthians. O pedido de renúncia, aceito pelo presidente Augusto Melo, ocorre em meio a pressão nos bastidores e investigações relacionadas ao contrato de patrocínio com a VaideBet.
Um dos principais aliados de Augusto Melo, Marcelinho, como é conhecido, participou diretamente das negociações com a casa de apostas entre o fim de 2023 e o início de 2024. O contrato com a VaideBet é tema de inquérito na Polícia Civil e ensejou o pedido de impeachment contra o presidente do Corinthians - a destituição será votada pelo Conselho Deliberativo na próxima segunda-feira.
Em nota divulgada pelo Corinthians, Marcelinho disse que deixa a diretoria "para que a gestão consiga trabalhar de forma pacifica". Desde o ano passado, quando surgiram as denúncias relacionadas ao contrato com a VaideBet, Augusto Melo passou a ser pressionado por conselheiros, sócios e torcedores organizados para destituir Marcelinho. O presidente, porém, decidiu bancar o aliado.
A pressão voltou a aumentar no início de 2025, quando foi divulgado o teor do depoimento do dono da VaideBet à Polícia. José André da Rocha Neto afirmou desconhecer Alex Cassundé, que foi inserido no contrato de patrocínio como intermediador do acordo, com direito a receber R$ 25,1 milhões.
Esse não é o primeiro personagem do "caso VaideBet" a pedir para deixar a diretoria do Corinthians. Em maio do ano passado, Sérgio Moura deixou a superintendência de marketing do clube. Ainda não está decidido quem assumirá o comando da diretoria administrativa alvinegra a partir de agora.