O Conselho Deliberativo do Corinthians se reunirá na próxima segunda-feira, dia 20, a partir das 18h, para votar o pedido de impeachment contra o presidente do clube, Augusto Melo. Isso deveria ter acontecido em reunião no dia 2 de dezembro do ano passado, mas o presidente obteve uma liminar da Justiça minutos antes do início da votação e fez com que o encontro fosse suspenso. Porém, a liminar foi "derrubada" por nova decisão judicial no dia 12 de dezembro . Os conselheiros foram informados da nova reunião nesta terça-feira por meio de ofício enviado pelo presidente do órgão, Romeu Tuma Júnior.
Caso a maioria dos presentes vote favoravelmente ao impeachment, Augusto será imediatamente afastado do cargo de maneira provisória. A destituição precisa ser referendada pelos sócios do clube em assembleia geral. Se isso ocorrer, a presidência do Corinthians será assumida temporariamente pelo primeiro vice-presidente, Osmar Stábile, até que uma nova eleição seja marcada, com a participação apenas de conselheiros. Entretanto, se os associados não aprovarem o impeachment, o Augusto Melo é reconduzido ao cargo. O presidente alvinegro tem mandato até o fim de 2026.
Entenda o processo: Embora se baseie em argumentos jurídicos, o processo de impeachment é essencialmente político. O estatuto do Corinthians determina que são motivos para destituição: a) ter praticado crime infamante, com trânsito em julgado da sentença condenatória; b) ter acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians ; c) não terem sido aprovadas as contas da sua gestão; d) ter infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária; e) prática de ato de gestão irregular ou temerária. O pedido de impeachment de Augusto Melo se baseia primordialmente nas supostas irregularidades do contrato com a VaideBet, que ainda está sob investigação da Polícia Civil.