Aos 25 anos, Roni pela primeira vez saiu de casa. Depois de quase duas décadas de Corinthians, o volante deixou o Parque São Jorge para um período de empréstimo no Atlético-GO, tratado como fundamental para a maior evolução na carreira até aqui. No Dragão, apesar do rebaixamento, individualmente o meio-campista teve motivos para celebrar. Nunca Roni jogou tanto (2513 minutos) e recuperou tantas bolas (267, líder do Atlético-GO no ano). A evolução pessoal é comemorada e vista como base para um novo futuro no Corinthians. – Acredito que sim, que seja minha versão mais pronta – disse o volante formado no Terrão, em entrevista ao ge. – Meu objetivo é continuar evoluindo, crescendo no aspecto individual. Tenho contrato com o Corinthians, sou corintiano, é o time do meu coração, cresci ali. Se contarem comigo, estou disposto a trabalhar da melhor maneira para ajudar o Corinthians. Se não for, vai ser da vontade de Deus, está entregue nas mãos de Deus. Quero fazer uma grande temporada. Ser muito feliz – disse.
Roni tem contrato com o Timão até o fim de 2025. O futuro ainda está indefinido, mas deve ser resolvido no fim do mês, próximo ao início da pré-temporada. – Estou longe de ser o cara que vai resolver os problemas, mas sou um cara que posso estar ali para ajudar da melhor maneira possível. Eu evolui, não sou o Roni de um ano atrás, de dois anos, eu cresci, posso ajudar com a minha evolução, sei que posso fazer melhor – assegurou. – Posso me dedicar, sei o meu lugar, sempre fiz isso. Tenho a mentalidade mais forte, uma melhor característica de dia a dia, para me fazer mais forte e melhor jogador e melhor pessoa – acrescentou.
Para evoluir como atleta, além de jogar mais durante o período de empréstimo em Goiânia, Roni se dedica ao estudo e cuidado pessoal. O volante tem uma equipe de análise de desempenho, psicólogo e outros profissionais que o abastecem de informações. Saiba mais detalhes deste crescimento de Roni no papo completo: Foi o ano que você mais jogou, com números bons, apesar do rebaixamento. Qual saldo você faz da temporada? – Uma das coisas que me fizeram sair do Corinthians foi ganhar mais bagagem, viver uma nova experiência. Em 19 anos, nunca tinha saído do Corinthians. Tive mais minutagem, joguei mais, evoluí taticamente e tecnicamente.
– Foi um ano que exigiu muito da condição individual. Coletivamente foi ruim, caímos para a segunda divisão. Mas individualmente foi o ano em que mais joguei, meu percentual de erro foi menor, meu acerto maior. E a que você atribui essa evolução individual? – Foi um ano em que estudei muito. Estudei muito adversário, pós-jogo, cada atuação individual minha, em qual setor tinha que me desenvolver, vendo vídeos, análises. Tinha um aspecto positivo na marcação, mas melhorei ainda mais, fui mais inteligente. Na técnica, tive uma visão mais ampla de jogo, leitura melhor.