O presidente do Corinthians, Augusto Melo, enfrenta um processo de impeachment que ameaça sua permanência no cargo. Na última quinta-feira, sofreu uma derrota na justiça, que autorizou o Conselho Deliberativo do clube a votar a destituição dele da presidência. Embora tenha obtido uma liminar para suspender a reunião do Conselho, os desembargadores decidiram em segunda instância que Augusto não tem razão em seu pedido, permitindo que a destituição volte à pauta do Conselho do clube. A tendência, no entanto, é que o assunto seja discutido somente em 2025.
Em contato com a reportagem do ge, Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho do Corinthians, afirmou que vai “avaliar com muita calma e serenidade como sempre”, e que a decisão do Tribunal refuta a tese de golpe político no clube. Além do processo de impeachment, Melo foi alvo de outro pedido baseado em relatório do Conselho de Orientação, que apontou gestão temerária do dirigente.
O estatuto do Corinthians determina que são motivos para destituição: a) ter praticado crime infame; b) ter acarretado prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do clube; c) não terem sido aprovadas as contas da sua gestão; d) ter infringido norma estatutária; e) prática de ato de gestão irregular ou temerária. O pedido de impeachment se baseia nas supostas irregularidades do contrato com a VaideBet, que ainda está sob investigação da Polícia Civil. Os signatários do documento argumentam que, devido à atuação e omissão de Augusto, "a imagem da instituição foi arremessada num lamaçal de notícias degradantes" e teria infringido também a Lei Geral do Esporte.