O Conselho Deliberativo do Corinthians acatou a abertura de um novo processo de impeachment do presidente Augusto Melo. Desta vez, o requerimento foi feito pelo Conselho de Orientação Fiscal (CORI). Agora, a abertura do processo seguirá o rito previsto no estatuto do Corinthians.
O Conselho de Ética do clube tem cinco dias para comunicar Augusto Melo, que a partir da data de comunicação terá outros dez dias de prazo para apresentar a sua defesa relacionada ao documento. Depois disso, o mesmo conselho decide ou não pela votação e andamento do processo. O requerimento do Conselho de Orientação Fiscal não tem relação com a investigação sobre o patrocínio da casa de apostas VaideBet, que é o motivo do outro processo que Augusto Melo é alvo e terá impeachment votado nesta segunda-feira.
O CORI argumenta que não foram apresentados balanços auditados e outros documentos que deveriam ser entregues pela diretoria ao órgão. O colegiado tratou das contas do segundo trimestre deste ano e decidiu reprovar o balancete, argumentando falta de documentos e informações inconsistentes. Por esses e outros motivos administrativos, pautados pelo artigo 106 do Estatuto do Corinthians, o órgão pediu a abertura de um novo processo para a destituição do atual presidente do cargo.
O relatório apresentado possui 26 páginas detalhando os motivos para o pedido. O Conselho de Orientação do Corinthians é formado por ex-presidentes do clube e outros membros vitalícios, além de conselheiros eleitos a cada três anos. Augusto Melo fez maioria no órgão, em eleição realizada no começo deste ano, mas perdeu capital político rapidamente, em menos de um ano de mandato.