O Corinthians atualizou a sua situação financeira na ação em que pede à Justiça o Regime Centralizado de Execuções (REC) - medida que visa negociar de forma coletiva as dívidas que têm com diferentes credores. De acordo com petição apresentada pelo Corinthians, a dívida do clube atualmente é de R$ 2,4 bilhões. O valor é R$ 100 milhões maior do que o informado em setembro, no evento batizado de "Dia da Transparência". Deste montante, cerca de R$ 704 milhões são relativos ao financiamento da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal. Para quitar a dívida, a torcida alvinegra está promovendo uma campanha de arrecadação, que já recebeu R$ 10 milhões em menos de dois dias. O alto endividamento e os sucessivos bloqueios de contas judiciais acabam por provocar um "fluxo de caixa estrangulado", segundo o clube.
Em 2024 o Corinthians teve mais de R$ 50 milhões bloqueados em ações judiciais. Recentemente, sofreu penhora de mais de R$ 19 milhões devido a uma dívida com a Pixbet, antiga patrocinadora. O Corinthians afirma ter "projeções indicando a insuficiência para cobrir obrigações de curto prazo, como folha salarial e compromissos operacionais." Ainda de acordo com o documento, "atualmente o clube apresenta elevados custos operacionais, com destaque para: R$ 420 milhões em custos diretos relacionados ao futebol profissional e R$ 220 milhões em despesas administrativas e de operação." A diretoria alvinegra acredita que a REC será fundamental para reorganizar as finanças. Em paralelo, o Timão trabalha para cortar gastos e aumentar receitas.