Representantes do Corinthians, da Caixa Econômica Federal e da torcida organizada Gaviões da Fiel se reuniram nesta segunda-feira na Central de Conciliação da Justiça Federal de São Paulo e assinaram acordo que viabiliza a "vaquinha" para pagar o financiamento da Neo Química Arena. Alguns testes serão realizados na plataforma de doações nos próximos dias, e a expectativa é de que a torcida possa começar a fazer doações a partir de dezembro. O saldo do financiamento do clube com a Caixa Econômica Federal está na casa de R$ 710 milhões, e a torcida organizada acredita que seja possível até mesmo quitar o débito com a “vaquinha” (entenda mais abaixo). As doações serão realizadas via Pix, por meio de uma conta específica que será aberta na Caixa. Todos os valores depositados nessa conta serão utilizados exclusivamente para a amortização do saldo da dívida. Ex-jogadores e corintianos ilustres atuarão como embaixadores da campanha, que terá um memorial na arena. Nele estarão exibidos os nomes de todos os torcedores que colaborarem com mais de R$ 100. Uma comissão fiscal independente vai acompanhar a ação. O Corinthians não terá acesso aos valores e não há risco de a conta ser alvo de bloqueios ou penhoras. A “vaquinha” terá duração máxima de seis meses. Se a meta de dinheiro for atingida antes, a arrecadação será interrompida. Quanto arrecada? A ideia da “vaquinha” superou resistências internas na própria diretoria do Corinthians. Antigos membros da cúpula do clube não viam neste tipo de campanha uma saída viável para solucionar o problema da dívida. Agora, porém, o clima é de maior otimismo. Dirigentes alvinegros acreditam que, mesmo que não seja possível quitar o financiamento, a campanha pode facilitar uma renegociação com a Caixa. Em paralelo, o Corinthians segue estudando alternativas para agilizar o pagamento da arena. O prazo atual do financiamento é até 2041. Desde o ano passado o clube paga apenas os juros do financiamento. Em 2025 começará a arcar também com o “principal”.