Alvo de um processo de impeachment, o presidente do Corinthians, Augusto Melo , disse que foi pego de surpresa pelo agendamento da votação para discutir sua possível saída do cargo e chamou a tentativa de "golpe". Em entrevista neste domingo, depois da vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, na Neo Química Arena, Augusto Melo se defendeu das acusações. O processo de impeachment será votado na próxima quinta-feira, no Conselho do clube. – Com certeza pegou de surpresa, pois teve o parecer e teve análise para suspensão até o término do processo. Se devesse algo tínhamos pegado. Se eu devesse algo, entregava o cargo. Se alguém tivesse feito errado, teria demitido. Não vai ter esse golpe. No Corinthians é política o tempo todo. Não existe isso, estamos fazendo coisa boa para o Corinthians . Não é fácil – disse Augusto Melo. O pedido de impeachment faz parte de um processo de investigação na Comissão de Ética do clube para averiguar o contrato de patrocínio com a VaideBet. Anteriormente, os membros do órgão sugeriram a suspensão do processo de destituição até que seja concluído o inquérito policial que apura possíveis irregularidades no contrato de patrocínio máster da VaideBet.
– Minha defesa foi feita no Conselho de Ética, órgão que compete a eles, feita da forma que tinha que ser feita. Não existe embasamento para o que estão fazendo. Foi um espanto marcar a reunião, vai ser falado no conselho, vamos falar, vamos ter nossa defesa, não tem legitimidade. A gente vem sofrendo desde o primeiro dia, dizendo que iriam me derrubar em três meses, em seis meses. – Estão manchando a nossa imagem, estamos reconstruindo o Corinthians , voltando a ser protagonista. Na véspera de jogo lançam algo, depois de uma vitória lançam alguma coisa. Quero deixar o Corinthians muito melhor. Na avaliação da Comissão de Ética, o Corinthians corria o risco de incorrer em uma injustiça se tomasse qualquer decisão antes que a Polícia Civil encerre as investigações, que acontecem desde maio.