O Corinthians entregou nesta terça-feira imagens do circuito de segurança da Neo Química Arena à Polícia para tentar esclarecer como uma cabeça de porco entrou no estádio no clássico contra o Palmeiras, na última segunda. O caso é investigado pela Drade, delegacia de repressão aos delitos de intolerância esportiva. A Polícia suspeita que a cabeça do porco foi arremessada por cima do alambrado que cerca o estádio. Ao Corinthians interessa identificar o responsável pelo ato para evitar uma punição. O arremesso da parte do animal foi relatado na súmula da partida pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio. O clube pode ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre previnir ou reprimir lançamentos de objetos no campo ou local da partida. Caso não identifique o infrator, o Timão corre o risco de ser punido até mesmo com perda de mando de campo.
Ainda durante o jogo, dois homens foram detidos e conduzidos ao Jecrim, o Juizado Especial Criminal, por supostamente terem participado do ato. Porém, eles negaram envolvimento, não quiseram assinar transação penal (pagamento de multa para evitar punição) e foram liberados após prestar depoimento. Nas redes sociais, um homem se identificou como autor do arremesso no gramado. Em seu perfil, ele postou vídeo com a cabeça de porco dentro de um saco, dizendo que a levaria para o estádio. Porém, este torcedor assistiu ao jogo no setor Norte, enquanto a cabeça do animal foi arremessada no setor Sul, do lado oposto.