O ciclo entre o Corinthians e António Oliveira se encerrou em julho, mas a admiração do técnico português pelo clube paulista nunca passou. Foram 29 jogos no comando do Timão, no qual obteve 13 vitórias, nove empates e sete derrotas. Foram seis meses de um carrossel de emoções. Para António, 'valeu a pena'. O português deixou o Cuiabá para assumir o clube paulista, que havia acabado de demitir Mano Menezes.
António Oliveira vivenciou na pele diversos momentos no Timão, afinal, treinou uma das potências do futebol brasileiro. Seu lado 'protetor' e paizão de grupo teve que ser colocado em ação quando as polêmicas de bastidores entravam no dia a dia do elenco, como o escândalo da patrocinadora Vai de Bet. Em junho, a empresa rescindiu o patrocínio com Corinthians após escândalo com o suposto 'laranja'.
Nesta segunda-feira (3), o Corinthians enfrenta o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro. O último confronto entre os rivais resultou na demissão de António Oliveira, que não suportou a pressão após uma sequência de resultados ruins. O português não guarda mágoa do presidente Augusto Melo por tê-lo tirado do cargo. Para Oliveira, o dirigente 'teve que salvar a pele dele' para superar o momento de crise.
Uma amizade improvável que quase resultou na ida de um ídolo do Palmeiras para o Corinthians. Tudo se iniciou em 2022, no Cuiabá, quando António Oliveira foi técnico da equipe matogrossense. Apesar dos poucos meses juntos, Deyverson e o técnico criaram uma amizade, que voltou a se fortalecer em 2023, quando o profissional retornou ao Dourado.
André Ramalho, Memphis Depay, Carillo, Hugo Souza...a promessa de reforços do presidente Augusto Melo a António Oliveira não se cumpriu, já que o técnico português foi demitido antes da chegada de nomes que viriam a encorpar o elenco. Mágoa? António Oliveira nega, apesar de relembrar do pedido por novas contratações. O lado 'paizão' fala mais alto ao defender o elenco que esteve em suas mãos há meses atrás e, agora, é comandado por Ramón Díaz.