A influenciadora Deolane Bezerra e Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, patrocinadora do Corinthians, não foram depor à CPI das Apostas, no Senado. A medida deles foi respaldada por um habeas corpus concedido pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), em um processo que corre em segredo de Justiça. Os dois seriam ouvidos na reunião da CPI nesta terça-feira (29). A ausência revoltou o presidente da CPI, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). "Lamento profundamente as ausências de Deolane e Darwin, porque quem não deve não teve. E quem não comparece é porque sabe que está envolvido até o pescoço. É o caso da Deolane. Pode me processar, querida, que eu vou colocar no meu gabinete o diploma do seu processo como atestado de idoneidade", disparou Kajuru.
O parlamentar ainda acrescentou críticas à decisão do STF, por considerar que medidas dessa natureza engessam a investigação parlamentar. "Se adotadas em larga escala, medidas como o ministro André Mendonça levarão ao esvaziamentos das CPIs. Não precisaria mais ter CPI. Pronto e acabou. Se o STF existe para condenar pessoas desonestas, ele está convidando a roubar em apostas, fazer o que quiser. 'Vem aqui que a gente te dá liminar e você não comparece à CPI'. Pronto e acabou. É um convite a quem é desonesto", acrescentou Kajuru. Para esta semana, a expectativa é que a CPI pelo menos ouça o tio de Lucas Paquetá, Bruno Tolentino. Bruno também conseguiu um habeas corpus, mas para ficar em silêncio, caso compareça à CPI após ser convocado. A CPI também está em vias de adiar o depoimento do próprio Paquetá, também previsto para esta quarta-feira (30).