Raniele durante partida do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, reafirmou em entrevista que o Corinthians mantém débitos relacionados à contratação do volante Raniele. O mandatário negou que as partes tenham entrado em acordo para quitação da transferência e detalhou que recebeu apenas a primeira parcela do negócio, realizada no ato da compra. + CEO do Corinthians rebate presidente do Cuiabá: ‘Clube não é caloteiro’ - Da venda inicial, que tinha o valor de 2,5 milhões de euros, eles (Corinthians) pagaram a entrada de 800 mil euros, que só foi paga porque ela era vinculada à liberação do atleta. Tanto que o Raniele só foi inscrito na véspera do encerramento das inscrições do Paulistão. Eles quase não conseguiram pagar esses 800 mil euros - disse o presidente, em entrevista ao GE.
Dresch também revelou que o Corinthians procurou a diretoria do Cuiabá em buscar de um acordo para o pagamento do montante, tentativa que foi negada pelo Dourado. - O Corinthians nos procurou, tentou fazer um acordo, nos ofereceram a parcela vencida mais a parcela que ia vencer em outubro. Nós não aceitamos, exigimos que fosse pago todo o saldo. O Corinthians não pagou e nós entramos com ação na CNRD. O Corinthians foi notificado, se manifestou reconhecendo a dívida - completou o dirigente.
Em meio à luta contra o rebaixamento de ambos os clubes, o presidente do Cuiabá alega que não imagina um cenário em que o Corinthians quite a dívida. Com 29 pontos, a equipe paulista aparece na 18ª colocação, um ponto à frente do Dourado, 19º colocado na tabela de classificação do Brasileirão.
- A segunda parcela de 400 mil euros venceu no dia 31 de julho deste ano. O contrato que a gente fez previa que, caso a parcela não fosse paga no vencimento e nem após o prazo que é dado depois do vencimento, nós demos cinco dias de prazo, as parcelas que estavam a vencer venceriam antecipadamente. E sobre todo esse saldo vencido, haveria uma multa de 30%. A quantia era em torno R$ 13 milhões, que é o valor original. Aí tem a correção de 1% ao mês mais o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), que mede a inflação. Hoje dá quase R$ 600 mil só de juros - finalizou.