Pedro Silveira, diretor financeiro do Corinthians, apresentou números no Dia da Transparência, onde admitiu um erro nos R$ 220 milhões atualizados de dívida fiscal do clube. Esta revelação gerou controvérsias no Conselho Deliberativo (CD) do clube.
No balanço do primeiro semestre de 2024, a diretoria corrigiu o valor da dívida do clube para R$ 2,3 bilhões, incluindo um débito tributário de R$ 106 milhões, em vez dos R$ 220 milhões inicialmente informados. A gestão anterior renegociou dívidas com a Prefeitura, aproveitando um "feirão" com juros mais baixos, e o mistério em torno do valor originalmente apresentado pela atual diretoria tem incomodado conselheiros.
O Corinthians reconheceu o erro e afirmou que o ajuste contábil no balanço do clube ainda não estava concretizado, indicando que as contingências de anos anteriores eram de aproximadamente R$ 171 milhões, não R$ 220 milhões como anteriormente informado. Há também uma ação cautelar com pedido de liminar em estudo para suspender execuções de cobrança e bloqueios de bens por 60 dias, o que tem preocupado parte do Conselho.
Em comunicado oficial, o Corinthians esclareceu que a dívida fiscal pode ser detalhada em dois grandes blocos: débitos municipais e federais. Para o débito municipal, o clube aderiu a um modelo de parcelamento e obteve um desconto de aproximadamente R$ 65 milhões, reduzindo o valor da autuação de R$ 141 milhões para R$ 76 milhões. No âmbito federal, a dívida real era de R$ 30 milhões, e não os R$ 80 milhões inicialmente identificados.
Essas ações reforçam o compromisso da diretoria do Corinthians com a regularização das finanças do clube, garantindo uma administração financeira sólida e transparente que assegure a sustentabilidade futura da instituição.