O Corinthians saiu frustrado de Brasília. Além do protesto contra a arbitragem por parte do diretor executivo Fabinho Soldado , a atuação da equipe na derrota por 3 a 1 para o São Paulo, pelo Brasileirão , deixou o técnico Ramón Díaz insatisfeito, especialmente pelo desempenho na primeira etapa. O auxiliar Emiliano Díaz, por outro lado, enxergou o resultado mais elástico como mentiroso.

– Com dois a menos, não tenho nada para falar, perdemos por 3 a 1, um resultado totalmente mentiroso. O tema é o coração deste grupo e a entrega, isso deixa o corintiano bem representado, entendemos o que o Corinthians precisa – analisou o filho do treinador alvinegro.

Já Ramón analisou de maneira mais criteriosa o desempenho coletivo da equipe e criticou o nível do clássico como um todo.

– É uma lástima a ação do pênalti aos 47 minutos, nenhum dos dois era superior, poucas ocasiões de gols. Foi um dos piores clássicos que dirigi, porque praticamente não se jogou. Foram muitos erros, muitos inconvenientes, mas é recuperar porque quarta jogamos novamente – afirmou.

– Qualquer coisa que passa tática, a culpa é minha e assumimos sempre, vamos seguir lutando. A equipe vem em um grande momento, nas Copas e no Brasileirão. Não fizemos um grande jogo, não gostei como jogamos, como foi o jogo. Seguramente temos que melhorar para poder chegar à parte final – acrescentou.

O treinador limitou os elogios ao início do segundo tempo do Corinthians . Mesmo com um a menos, em virtude da expulsão de Fagner, e em desvantagem no placar, o Timão criou chances e perdeu ótima oportunidade com Romero.

– O jogo em si era feio, ninguém criava situações. Quando houve a expulsão, mudamos taticamente, fomos agressivos, tivemos chance com Romero, poderíamos ter feito o gol. Mas no momento que Corinthians estava reagindo e jogando, veio a expulsão. Aí o jogo terminou – completou.

Com o resultado deste domingo, o Corinthians segue com 28 pontos e dentro da zona de rebaixamento. Na quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), o Timão encara o Flamengo, no Maracanã, pela primeira partida da semifinal da Copa do Brasil. No sábado, a partir das 19h, a equipe alvinegra recebe o Internacional, em duelo fundamental pelo Brasileirão.

Confira mais respostas de Ramón e Emiliano:

Análise do clássico Ramón – Primeiro, a responsabilidade é do treinador. A parte tática e a planificação de jogo é nossa responsabilidade. Sei que não estamos contentes sobre como saímos. Mudança de tabela na Copa do Brasil Emiliano – Sequência do jogo, Fabinho falou tudo sobre arbitragem. Trabalha pela continuidade do jogo, sobretudo no Brasileirão, mas a gente está, temos que trabalhar, arrumar o time, teremos um time competitivo, não vamos mudar, só queremos trabalhar e seguir do mesmo jeito que está. Contato da torcida em Itaquera e falta dela em Brasília Emiliano –

Primeiro responder sobre o que foi ontem. Falamos no avião, estamos acostumados a estar em time grande, o que aconteceu ontem foi inacreditável. Como falou Ramón, não estamos acostumados a jogar, isso não parecia clássico, o ambiente não era de um clássico. – Era difícil, porque estamos acostumados a jogar clássicos com outra atmosfera, era um bom espetáculo. Vou com sensação feia, nenhum dos dois viveu como clássico, dois times muito grandes, sair de fora um time de São Paulo foi difícil, mas seria diferente com a Fiel.

Ramón – Estranho quando se joga este jogo, Corinthians x São Paulo, somente vá o time local. E isso não existe em nenhuma parte do mundo, só aqui. Seria lindo as duas torcidas mostrando os eu poder, incentivando sua equipe, fazendo um entorno diferente. – Para mim isso tem que mudar. Se existe uma grande rivalidade, é uma lástima que não tenha visto um espetáculo das duas torcidas. Tomara que isso possa mudar, uma partida de futebol merece que as pessoas vivam dos dois lados. Expulsões no Brasileirão Emiliano – Time se arrumou.

Essa estatística se achar normal, quando não tem jogo em copa, são árbitros neutros, não acontece nada. Quando acontece no Brasileirão, se me falar todas foram justas...acho que uma só, acho que algo maior, não vou entrar nessa, Fabinho falou sobre, mas achamos que não é normal. Acho que teremos que olhar um pouco mais o que está acontecendo mais, não precisamos que nos ajude.