Após quatro partidas e diferentes sensações vividas, o volante José Martínez finalmente foi apresentado pelo Corinthians nesta quinta-feira. Em entrevista coletiva, o venezuelano falou sobre suas primeiras impressões do clube e revelou o que o técnico Ramón Díaz tem lhe pedido para executar em campo. – Quando falei com o professor, ele me disse primeiro que queria que pressionasse, que jogasse como jogava nos EUA e desse calma ao time com a bola, sempre para frente. Quando joguei o primeiro jogo, eu me senti com muita pressão, depois dos 15 minutos me soltei mais e consegui corresponder ao professor. José Martínez chegou ao Corinthians há cerca de um mês, contratado do Philadelphia Union, dos Estados Unidos. Comprado por US$ 2 milhões, cerca de R$ 11 milhões na cotação da época, ele assinou contrato até o fim de 2027. Apesar do pouco tempo de casa, Martínez se mostrou encantado pela torcida corintiana. – Quando jogamos em casa, senti algo diferente, porque a torcida não para de cantar. Foi algo muito motivador, gostei muito jogar este jogo. Todas as pessoas, não só a torcida, os companheiros me deram essa confiança para jogar como mandante. Creio que foi meu melhor jogo aqui.
Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de José Martínez: Escolha pelo Corinthians – Philadelphia me recebeu da melhor maneira, pude fazer coisas boas. A decisão que tomei de vir ao Brasil e ao Corinthians foi motivação grande para mim, valor do presidente, de Fabinho. É uma honra, um sonho, uma grande equipe. Estou agradecido e contente de estar aqui Considera-se titular? – Não, creio que cada jogador aqui está para ser titular, é um grande time. Apesar do momento, estamos fazendo as coisas bem, estamos para motivar cada um e dar a motivação para cada um neste momento. Vim aqui para agregar, sou muito de equipe. Sabemos que quem joga está bem. Temos uma equipe muito importante. Convivência com Memphis Depay – Quando cheguei, todos os jogadores me receberam bem, é o que um jogador precisa quando chega. Ele vai nos ajudar muito, a verdade é que me senti muito bem aqui, os companheiros foram muito bem. Com Memphis é outra coisa, motiva muito, foi uma das melhores contratações no ano. Ele vai nos ajudar muito dentro e fora de campo. Diferenças em relação aos Estados Unidos – Aqui há mais futebol do que nos EUA, gosto de jogar, pressionar, aqui é diferente porque nos EUA se joga menos, aqui se joga bastante, é o que precisa um jogador para se adaptar bem fisicamente. Por isso também quis vir para cá. Venezuelanos no Brasil – Muitos jogadores vêm aqui ao Brasil. Tenho Otero, que perguntei sobre o Corinthians e me deu boas referências para escolher o Corinthians , falou sobre a liga. Um companheiro disse sobre a pressão, um jogador que não sente pressão tem que se retirar do futebol e não viver disso. É o que gosto, os jogos, sou uma pessoa com ansiedade para jogar, sempre gosto de estar em movimento. Pênalti cometido contra o Flamengo – Quando erramos, só preciso da confiança dos companheiros, como teve Romero contra o Botafogo e estava motivado a voltar e cedeu para Garro. Somos uma família, nos levantamos para seguir adiante. Sobre o pênalti não esperava, tentei chegar e levantei a mão sem pensar. Creio que os companheiros me deram a mão, a torcida me motivou e pudemos conseguir o gol para a vitória.