No "Dia da Transparência", o Corinthians confirmou que a dívida total do clube ultrapassou R$ 2 bilhões e cresceu no primeiro semestre de 2024. A dívida bruta do Corinthians até junho de 2024 era de R$ 2,310 bilhões, contra R$ 2,189 bi em dezembro de 2023. Os números foram divulgados no "Dia da Transparência" prometido e adiado várias vezes pelo atual presidente Augusto Melo. O evento contou com as explicações CEO Fred Luz, do diretor financeiro Pedro Silveira, do diretor jurídico Leonardo Pantaleão e do secretário geral Vinicius Cascone. O Corinthians argumenta que a dívida em si aumentou menos que os juros incorridos no primeiro semestre. Os juros nesses seis meses foram de R$ 139 milhões em relação aos R$ 122 mi do aumento total dos débitos do clube. A maior parte da dívida é referente à arena: mais de R$ 700 milhões.
Pedro Silveira - Dia da Transparência do Corinthians Imagem: Livia Camillo/UOL
O departamento financeiro havia liberado R$ 20 milhões para o Corinthians contratar reforços e aumentar ainda mais o déficit da temporada. No fim da janela de transferências, o Timão teria ficado com R$ 19 milhões de "lucro" e R$ 39 milhões de superávit em relação ao déficit previsto de R$ 20 milhões. As vendas de jogadores ajudavam. O Corinthians obteve R$ 80 milhões com as vendas de jogadores, contra R$ 61 milhões de custos com contratações. O clube prometeu divulgar detalhes de cada contratação até esse sábado (14).
Pedro Silveira, diretor financeiro do Corinthians, explicou: "Sabendo da situação do Corinthians de precisar de reforços e precisar melhorar na questão desportiva, a gente cedeu a eles R$ 20 milhões para o Corinthians aumentar o déficit em 2024. Somando a economia de custos com jogadores que saem, mais as receitas com as vendas, menos os custos com os direitos econômicos, mais os salários que vão entrar em 2024, a gente deu pra eles esse número. E agora, terminada a janela, a gente traz um superávit na janela de R$ 39 milhões, onde o Corinthians, esse ano, está economizando R$ 19 milhões de quando a gente começou a janela de custos que a gente teria."