A VaideBet, antiga patrocinadora máster do Corinthians, utilizou três empresas que não constavam no contrato para depositar R$ 56 milhões referentes ao acordo comercial firmado entre as partes. O montante corresponde a cerca de 90% do valor total que foi pago nos cinco meses de contrato, rompido de forma unilateral após a casa de apostas acionar a cláusula anticorrupção, no início de junho. As informações foram divulgadas pelo Uol.
Segundo o contrato, apenas a Zelu Pagamentos e a Pay Brokers, empresas facilitadoras de pagamento, poderiam intermediar as transferências. Ambas, inclusive, são alvos da Operação Integration, comandada pela Polícia Civil de Pernambuco.
A informação foi revelada à polícia por Rui Fernando, advogado que trabalhava para o clube paulista desde 2019, em depoimento na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
Assinado em janeiro deste ano, o acordo entre as partes tinha validade até dezembro de 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões. Deste montante, o clube recebeu pouco menos de R$ 70 milhões desde o início do ano. No dia 27 de maio, a VaideBet notificou o clube solicitando explicações a respeito da suposta participação de um "laranja" na intermediação. No documento enviado à diretoria corintiana, a empresa afirma que "a vinculação do nome da VaideBet com o presente escândalo envolvendo a diretoria do Corinthians e a intermediadora tornam a presente relação contratual excessivamente onerosa para o patrocinador".