4/9/2024 19:21

Cobrança da diretoria do Corinthians por providências em relação a patrocinador.

Cobrança da diretoria do Corinthians por providências em relação a patrocinador.

Augusto Melo, presidente do Corinthians, durante jogo contra o Vasco, pelo Brasileirão Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF O Conselho Deliberativo do Corinthians , por meio do seu presidente, Romeu Tuma Junior, questionou a diretoria do clube sobre providências em meio ao escândalo envolvendo a atual patrocinadora máster do time, Esportes da Sorte. A casa de apostas foi citada na operação "Integration", da Polícia Civil de Pernambuco, que cumpriu 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em cinco estados do país na manhã desta quarta-feira. Dentre as detenções, aliás, a da empresária e influenciadora digital Deolane Bezerra. Como apurou a reportagem da Gazeta Esportiva , o Conselho do Corinthians questionou se a diretoria já pediu um esclarecimento à empresa sobre o episódio e teme que o clube deixe de receber por conta de um possível bloqueio do patrocinador, além de possíveis danos à imagem do Timão. A operação Integration expediu os mandados de prisão e de busca e apreensão em Recife, Campina Grande, Barueri, Cascavel, Curitiba e Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, foi decretado o sequestro de bens como carros e casas de luxo, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.

Augusto Melo, presidente do Corinthians, durante jogo contra o Vasco, pelo Brasileirão

Porém, os policiais não esclareceram a quem pertencia cada bem. A operação é contra uma quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A casa de apostas Vai de Bet também foi alvo da operação. A empresa, que patrocinava o Corinthians em um vínculo de R$ 370 milhões, com validade até 2026, rescindiu o contrato com o time de forma unilateral, em junho deste ano, acionando uma cláusula anticorrupção. Em seu lugar, veio a Esportes da Sorte. A plataforma foi anunciada como patrocinadora máster do Timão em julho, em um acordo que gira em torno de R$ 300 milhões por três anos. Além disso, a empresa patrocina o time feminino do Palmeiras e outros clubes brasileiros, como Grêmio, Athletico-PR e Bahia. A casa de apostas, através de uma nota, disse agir com transparência e afirmou que está à disposição da Justiça para mais esclarecimentos. "Atuamos sempre com muita transparência e lamentamos o fato de, no momento, estarmos às escuras, sem acesso aos autos do inquérito e aos motivos da ação policial. Seguimos à disposição para todo tipo de esclarecimento que seja necessário para elucidar qualquer controvérsia. A Esportes da Sorte ratifica seu compromisso com a verdade, com o jogo responsável e, principalmente, com o cumprimento de todos os seus deveres legais. A nossa casa está de portas abertas para apresentar documentos, esclarecer dúvidas e prestar apoio irrestrito a qualquer ação investigatória", disse a Esportes da Sorte, em comunicado. O Corinthians, até o momento da publicação desta reportagem, ainda não se manifestou sobre o assunto de maneira oficial.



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